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Macron anuncia grande reforma no Louvre, com uma sala separada para "Mona Lisa"

Última reforma no museu mais visitado do mundo foi há 40 anos; novo local para a obra de arte faria visitantes apreciarem quadro "com mais calma"

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 29 de janeiro de 2025 às 08h17.

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O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quarta-feira, 29, um grande projeto de renovação do Museu do Louvre, que incluirá a transferência de “La Gioconda” ("Mona Lisa") para uma sala separada e a construção de uma nova entrada pelo leste para aliviar o congestionamento na pirâmide de vidro do museu mais visitado do mundo.

A nova localização da obra-prima de Leonardo da Vinci permitirá que ela seja visitada “com mais calma”, no nível que “merece”, disse Macron no espaço que agora abriga a "Mona Lisa".

A obra terá acesso separado e um ingresso à parte para lidar com as cerca de 30.000 pessoas por dia que atrai como a pintura mais famosa do mundo.

Com as multidões atuais, a experiência de ver o quadro - na chamada Sala de Estado, ao lado de outras obras-primas, como “O Casamento em Caná", de Paolo Veronese, que quase passam despercebidas ao lado dela, é muito desconfortável, como Macron e o diretor do Louvre, Laurence des Cars, reconheceram.

A construção da nova sala será acompanhada de uma expansão no flanco leste do museu, com salas subterrâneas no estilo daquelas sob a pirâmide de vidro.

Para isso, o Louvre contará com uma nova entrada no pátio conhecido como Cour Carrée, na chamada Colunata Perrault.

O projeto, que Macron descreveu como um “renascimento” do Louvre e que deve ser concluído até 2031, servirá para repensar o conceito do museu depois que seu diretor alertou o Ministério da Cultura sobre o mau estado e a obsolescência de suas imensas instalações.

Quarenta anos após a última grande reforma, que envolveu a construção da pirâmide de vidro, o Louvre mais do que dobrou os 4 milhões de visitantes anuais para os quais foi projetado na época (8,7 milhões em 2024), devido à explosão do turismo de massa.

Além do aumento do número de visitantes - antes da pandemia de covid-19, chegava a quase 10 milhões por ano, 70% deles estrangeiros -, há também novos desafios em termos de segurança e mudanças climáticas, assim como a necessidade de adaptação à revolução digital.

Essas e outras medidas para restaurar as instalações obsoletas serão financiadas, entre outros instrumentos, por um aumento no preço do ingresso para visitantes de fora da União Europeia.

Macron não deu detalhes sobre o preço, mas fontes do Palácio do Eliseu disseram à imprensa que ele será de cerca de 30 euros - atualmente é de 22 euros para o público em geral.

Ele não especificou quanto o projeto custará no total, mas a imprensa local informou, citando fontes ligadas à presidência, que ficará entre 700 milhões e 800 milhões de euros.

Até 2031, quando o projeto da entrada leste estiver concluído, de acordo com Macron, o Louvre poderá receber 12 milhões de visitantes por ano, sediar novas iniciativas educacionais e continuar sendo o “epicentro” da arte na França e no mundo.

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