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Macri está à disposição da justiça em caso dos Panama Papers

"Que a justiça atue com independência e precisão, cumprindo o papel que a corresponde", disse Macri em coletiva de imprensa na sede do governo


	Macri: "No que me compete, estou à disposição de um juiz no civil e de um juiz federal para fornecer informação"
 (Marcos Brindicci / Reuters)

Macri: "No que me compete, estou à disposição de um juiz no civil e de um juiz federal para fornecer informação" (Marcos Brindicci / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2016 às 14h33.

O presidente argentino, Mauricio Macri, se colocou nesta terça-feira à disposição da justiça, a que pediu uma atuação independente na investigação sobre as empresas "offshore" em seu nome reveladas pelos "Panama Papers".

"Que a justiça atue com independência e precisão, cumprindo o papel que a corresponde", disse Macri em coletiva de imprensa na sede do governo.

"No que me compete, estou à disposição de um juiz no civil e de um juiz federal para fornecer informação; vi o pedido de despachos ao Panamá para esclarecer a informação que apareceu nos meios de comunicação, e me parece ótimo".

Macri também mencionou o caso de suposta corrupção e enriquecimento ilícito do empresário Lázaro Báez, que teria formado sua fortuna por meio de contratos de obra pública durante os governos de Néstor e Cristina Kirchner (2003-2015).

Macri, líder da aliança de centro-direita Cambiemos, aparece como diretor da Fleg Trading, segundo os "Panama Papers", e como vice-presidente de Kagemusha, de acordo com um registro oficial no Panamá.

Na segunda-feira um juiz argentino enviou despachos ao Panamá e às Bahamas para saber se essas sociedades registram contas bancárias no nome do presidente.

O Presidente declarou que não há "nada a esconder" e que as sociedades em seu nome e no nome de sua família, que é dona de um império de negócios, não estão em operação.

O magistrado pediu que o despacho tramite "o mais rápido possível" e explicou que é investigado se Macri cometeu o delito de "omissão maliciosa" de dados em sua declaração bens. A pena para esse tipo de crime chega a dois anos de prisão.

A justiça argentina também agiliza nesta semana uma investigação sobre a ex-presidente Kirchner e seu filho Máximo, que atualmente é deputado federal, por supostas irregularidades em um negócio imobiliário familiar.

Esse é o segundo caso envolvendo a ex-presidente, que também é investigada por sua política cambial através do Banco Central no final do ano passado

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