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Macri diz que Argentina não reconhecerá eleições na Venezuela

Mauricio Macri afirmou que a Argentina não irá reconhecer resultado de eleições na Venezuela. Presidente ainda pediu que Maduro resolva crise humanitária

Mauricio Macri: presidente argentino fez discurso duro contra Venezuela (Denis Balibouse/Reuters)

Mauricio Macri: presidente argentino fez discurso duro contra Venezuela (Denis Balibouse/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de abril de 2018 às 16h03.

Última atualização em 26 de abril de 2018 às 18h40.

Lima - A Argentina desconhecerá qualquer eleição que surja da convocação feita pelo governo da Venezuela, segundo garantiu neste sábado o presidente da Argentina, Mauricio Macri, durante sua participação na plenária da 8ª Cúpula das Américas em Lima. "Não podemos olhar para o outro lado, onde há um processo político sem garantias mínimas. Vamos desconhecer qualquer eleição que surja de um processo deste tipo, porque não é eleição democrática", declarou Macri.

Além disso, o presidente argentino convocou seus colegas da região a "trabalhar juntos em uma saída democrática e pacífica para a Venezuela". Macri também pediu ao governante venezuelano, Nicolás Maduro, que "deixe de negar a realidade e aceite a colaboração internacional que permita superar a crise humanitária que tem se tornado insustentável".

Nesse sentido, o presidente argentino propôs que a cúpula não seja "um exercício de recriminações e retornemos conformados com que os restantes são os responsáveis". "Façamos com que faça sentido e que sejamos capazes de olhar para frente", acrescentou.

Com relação à luta contra a corrupção no seu país, Macri disse que estão promovendo um Estado aberto para o século XXI, com dados públicos abertos e canais de participação popular para saber como o dinheiro dos contribuintes é gasto.

"Estas mudanças não são fáceis, muitos querem evitar a transparência no Estado e apostam na impunidade", considerou.

Macri participa hoje na sessão plenária que reúne 18 líderes e primeiros-ministros em Lima na 8ª Cúpula das Américas para fechar acordos e medidas contra a corrupção nos sistemas democráticos.

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