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Macau tenta voltar à normalidade após passagem de tufão Hato

Segundo informou o jornal independente "South China Morning Post", na manhã de hoje foi encontrada uma pessoa que morreu afogada na cidade,

Macau: Hato foi o tufão mais forte que atingiu a turística cidade, famosa por seus cassinos, no último meio século (Tyrone Siu/Reuters)

Macau: Hato foi o tufão mais forte que atingiu a turística cidade, famosa por seus cassinos, no último meio século (Tyrone Siu/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de agosto de 2017 às 09h47.

Xangai - A cidade de Macau tenta nesta sexta-feira voltar à normalidade após a passagem do tufão Hato, o mais forte que atingiu a cidade em 50 anos e que matou pelo menos nove pessoas, deixando grandes danos em infraestruturas.

Na manhã de hoje foi encontrada uma pessoa que morreu afogada na cidade, segundo informou o jornal independente "South China Morning Post", enquanto os feridos são cerca de 200.

Os devastadores efeitos do tufão deixaram outro fato insólito, a chegada de membros do Exército de Liberdade Popular chinês à cidade, que é uma região administrativa especial com leis próprias e defesa própria, da mesma forma que Hong Kong.

A pedido do governo regional de Macau, o Exército central de Pequim deu sua aprovação ao envio de soldados para ajudar com os trabalhos de recuperação, algo que é contemplado pelas leis da China.

A antiga colônia portuguesa não via militares chineses nas suas ruas desde a entrega do enclave à soberania a China em 1999.

E é que Hato foi o tufão mais forte que da turística cidade, famosa por seus cassinos, no último meio século. Algumas zonas ficaram submersas em até três metros de água.

O presidente-executivo de Macau, Fernando Chui Sai-on, teve que se desculpar ontem pela má preparação das autoridades locais e, após oferecer suas condolências às vítimas e às famílias, anunciou a demissão de Fong Soi-kun, diretor do Escritório Meteorológico e Geofísica da região.

Grande parte da cidade ficou sem luz durante mais de 24 horas e, cerca de 6,6 mil dos 250 mil lares seguem sem eletricidade.

Outra cidade muito afetada pelo tufão foi Hong Kong, onde não houve mortes, mas pelo menos 129 pessoas ficaram feridas pela tempestade mais poderosa que atingiu a cidade desde 1979 e que também causou grandes destroços que podem chegar a US$ 1 bilhão.

O Governo local disse que está monitorando um vazamento de petróleo na ilha de Guishan no foz do rio Pérola, depois que vários navios tiveram problemas durante o tufão.

No resto da China, o tufão alcançou terra firme na cidade de Zhuhai (Cantão), onde foram registrados ventos de até 162 km/h e pelo menos quatro pessoas perderam a vida.

Na cidade de Zhongshan morreram três pessoas e no município de Jiangmen outra morreu.

Oito pessoas ficaram feridas em Shenzhen, duas delas em estado grave, pela queda de objetos como vidros e andaimes. Nesta cidade os refúgios de emergência alojaram 11.142 pessoas.

Em toda a província de Cantão algumas 27 mil pessoas foram evacuadas e cerca de dois milhões de lares e empresas sofreram corte do fornecimento elétrico devido aos danos na rede.

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