Mundo

Lupi: ritmo menor de obras causará demissões em RO

Ministro do Trabalho confirmou que as empresas responsáveis pelas obras das usinas de Jirau e Santo Antônio vão diminuir o ritmo de trabalho nos locais

Carlos Lupi, ministro do Trabalho, quer eliminar os problemas nas obras das usinas (Roosewelt Pinheiro/AGÊNCIA BRASIL)

Carlos Lupi, ministro do Trabalho, quer eliminar os problemas nas obras das usinas (Roosewelt Pinheiro/AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2011 às 15h33.

Brasília - O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou hoje que o cronograma das obras das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, voltará ao ritmo anteriormente previsto, para tentar eliminar os problemas nas contratações e na forma de tratamento aos empregados.

Embora o cronograma inicial previsse, no caso de Santo Antônio, o término da obra no final de 2013, as empreiteiras estavam trabalhando para antecipar a entrega para março de 2012 e exigindo demais dos empregados. "Santo Antônio e Jirau vão diminuir seus ritmos, até por solicitação dos sindicatos e do próprio governo, porque era um contingente muito exagerado de trabalhadores e isso ficava sem qualquer controle", afirmou o ministro, que se reuniu hoje, no Palácio do Planalto, com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, representantes das empresas e sindicalistas.

Lupi prevê que a redução do ritmo das obras poderá gerar demissões. "Acertamos que todas essas possíveis demissões sejam feitas através de acordos com os sindicatos, para que tenhamos controle desse processo", disse. O objetivo é evitar novas rebeliões de trabalhadores, em protesto contra as condições de trabalho.

Segundo o ministro, o papel do governo é evitar que as falhas e erros ocorridos se repitam. "O acordo é para que as empresas não aceitem mais qualquer intermediação para contratação de mão de obra, que tem que ser feita direto pelo Sistema Nacional de Emprego. E o governo tem de ter mais responsabilidade, melhorar e ser mais eficaz (nesse controle)", disse Lupi.

O ministro afirmou que o novo cronograma das obras será estabelecido entre sindicatos e empregadores. Questionado se houve má-fé das empresas na forma de contratação dos empregados, gerando os problemas, Lupi disse que houve falhas e erros, mas não acredita em má-fé. Ele afirmou que se por acaso a má-fé ocorreu no preenchimento dos registros, o problema é de polícia.

"O papel do Ministério do Trabalho é resolver o problema trabalhista", afirmou. Lupi disse que não sabe quantos registros irregulares foram feitos e que está sendo feita uma "radiografia" na região que deve estar pronta em 10 dias. O problema maior é que muitas empresas repassavam a contratação para terceiros, os chamados "gatos", que por sua vez deixavam os contratados em situações subumanas.

Acompanhe tudo sobre:DemissõesDesempregoEnergia elétricagestao-de-negociosHidrelétricasSindicatosUsinas

Mais de Mundo

México responderá a tarifas de Trump com novas medidas; Sheinbaum convoca anúncio público

Canadá impõe tarifa de 25% em produtos dos EUA em resposta a Trump e alerta para alta na energia

Tarifas de Trump elevam os impostos sobre as importações dos EUA ao nível médio mais alto desde 1943

Comissão Europeia propõe mobilizar cerca de 800 bilhões de euros para defesa