Lupi descartou ainda que vá deixar o ministério, mas disse que isso é de competência da presidente Dilma Rousseff: "só posso afirmar que ela pediu que eu ficasse” (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2011 às 15h15.
Brasília - Horas antes da reunião do PDT, prevista para a noite de hoje, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que o encontro não vai tratar de sua saída da pasta. Na semana passada, parte da bancada do PDT havia abandonado o ministro e passou a defender seu desligamento do Trabalho. Mas Lupi, que controla o partido, conseguiu mudar a posição da bancada. Hoje à noite, o PDT deverá soltar uma nota de apoio ao ministro.
"Não existe nenhuma possibilidade (de discutir a saída do cargo). A reunião vai debater o momento, mas não tomará decisões", afirmou Lupi, que terá uma agenda interna na tarde de hoje no Ministério. À noite, antes da reunião do PDT, o ministro deverá participar de um evento público, em um hotel de Brasília, sobre FGTS. "A melhor resposta a dar para quem se julga injustiçado é continuar trabalhando", afirmou.
Mais cedo, Lupi recebeu o presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP). Paulinho, como é conhecido, defendeu a saída do partido daqueles que pregam que Lupi deixe o Ministério. "Acho que eles deveriam pedir para sair do PDT. Já que eles se acham tão bons, eles deveriam montar um partido só para eles", disse.
Os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Pedro Taques (PDT-MT) e o deputado Reguffe (PDT-DF) têm defendido que Lupi se afaste da pasta do Trabalho. Segundo Paulinho, o senador Cristovam já avisou que não irá à reunião de hoje à noite do PDT. O encontro vai contar com as bancadas da Câmara e do Senado, além dos representantes de diretórios estaduais e da Executiva Nacional. "A tendência é o PDT soltar uma nota de apoio ao ministro Lupi", disse Paulinho.