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Lula quer boa relação com a Argentina, mas insiste em esperar desculpas de Milei

Até o momento, o presidente brasileiro não conversou com o líder argentino, com quem tem profundas diferenças ideológicas

Lula: governo atual enfrenta muitos desafios em diversos setores (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Lula: governo atual enfrenta muitos desafios em diversos setores (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 22 de julho de 2024 às 16h09.

Última atualização em 22 de julho de 2024 às 16h14.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva insistiu nesta segunda-feira que deseja ter as "melhores relações com a Argentina", mas reiterou que ainda está esperando um "pedido de desculpas" do mandatário Javier Milei.

"Levo muito em conta as relações do Brasil com a Argentina. Quero dar prioridade às relações com a América Latina", declarou Lula em uma entrevista a correspondentes estrangeiros.

Até o momento, o presidente brasileiro não conversou com Milei, com quem tem profundas diferenças ideológicas, e a relação ficou tensa quando Lula, na campanha eleitoral do ano passado, expressou seu apoio ao candidato peronista Sergio Massa.

Milei reagiu chamando Lula de "corrupto" e "comunista", declarações que ele reiterou assim que assumiu o cargo em dezembro do ano passado.

"A Argentina é um país muito importante para o Brasil e eu tenho certeza de que o Brasil é muito importante para a Argentina", argumentou Lula, que ressaltou que "não existe" uma "relação pessoal ou de amizade" entre chefes de Estado, mas "tem que haver respeito".

Ele indicou que espera manter "uma relação civilizada" com a Argentina, embora tenha esclarecido que isso "vai depender muito do comportamento do companheiro argentino" em relação ao Brasil.

Milei "foi o que o povo argentino conseguiu produzir nas últimas eleições, assim como eu fui produzido pelos brasileiros", analisou Lula, ao garantir que continuará tratando "todos os países da forma mais soberana possível".

Lula também comentou a recente viagem de Milei à cidade de Balneário Camboriú (SC), onde participou de um congresso de extrema direita organizado pelo movimento que apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro, e a ausência do líder argentino na última reunião de cúpula do Mercosul, também realizada no início do mês.

"Se ele acha que ganhou alguma coisa não indo ao Mercosul e indo a Camboriú para essa reunião, é o povo argentino que tem que julgá-lo, não eu", declarou.

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