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Lula pede que um "inocente" não seja condenado por "política"

No Rio de Janeiro, ex-presidente reiterou que as acusações são "falsas" e novamente atribuiu a uma tentativa de evitar sua candidatura para as eleições

Lula: "eles entenderam que no campo da política, era muito difícil me derrotar" (Nacho Doce/Reuters)

Lula: "eles entenderam que no campo da política, era muito difícil me derrotar" (Nacho Doce/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de janeiro de 2018 às 07h10.

Rio de Janeiro - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu na terça-feira que "não peguem decisões políticas para condenar um inocente" durante um ato politico ao lado de intelectuais e artistas no Rio de Janeiro, às vésperas de um julgamento contra ele por corrupção.

Lula reiterou que as acusações são "falsas" e novamente atribuiu a uma tentativa de evitar sua candidatura para as eleições presidenciais deste ano.

"Eles entenderam que no campo da política, era muito difícil me derrotar", disse, então tentaram "um crime que nunca existiu" pois "era a única forma possível de tentar evitar que Lula voltasse".

O ex-presidente enfrenta, no próximo dia 24, um julgamento por corrupção que pode inabilita-lo e impedir uma hipotética nova candidatura presidencial.

Um tribunal de segunda instância terá que decidir se ratifica ou não a condenação de 9 anos e meio de prisão recebida por Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um caso envolvendo a Petrobras.

Lula, que governou o Brasil entre 2003 e 2010, reiterou seu desejo de voltar a disputar a eleição presidencial, pois ele diz que "solução deste país é outra vez incluir os pobres".

"Deve ser que isso os incomoda", acrescentou, e "quero incomodar". "Estou voltando" e "sigo sendo o Lula de paz e amor, mas precisam saber que a minha vontade de brigar é a mesma que a de ser candidato", afirmou.

O ato, realizado em um teatro no bairro do Leblon, contou com a participação de diversos intelectuais e artistas ligados ao PT, e também contou com a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, quem horas antes de acompanhar Lula, afirmou que para prender o ex-presidente, "terão que matar muita gente".

O encontro de Lula faz parte de uma campanha organizada pelo seu partido em todo Brasil para apoia-lo e defender sua inocência.

Lula, com sete causas abertas na Justiça, a maioria relacionada com o caso Petrobras, lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de outubro.

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