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Lula pede à presidente que não irrite PMDB

Ex-presidente teve uma longa conversa com Dilma sobre o relacionamento entre os partidos

Lula está apreensivo com a "guerra de dossiês", com infindáveis denúncias de corrupção. Trata-se de uma base aliada em pé de guerra (Antonio Cruz/ABr)

Lula está apreensivo com a "guerra de dossiês", com infindáveis denúncias de corrupção. Trata-se de uma base aliada em pé de guerra (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2011 às 11h22.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff teve ontem uma longa conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo. Dilma está preocupada com a crise de relacionamento entre o PT e o PMDB e com a instabilidade na base de sustentação do governo no Congresso. Foi por isso que bateu à porta de Lula.

Segundo apurou a reportagem, o ex-presidente aconselhou a sucessora a não esticar mais a corda, para não atiçar o PMDB, o mais importante aliado do Planalto depois do PT. Lula avalia que Dilma precisa promover mais encontros com deputados e senadores, fazer afagos nos parlamentares e "repactuar" a coalizão. Ele também está apreensivo com a "guerra de dossiês", com infindáveis denúncias de corrupção. Trata-se de uma base aliada em pé de guerra.

Na terça-feira, o PMDB chegou a ameaçar romper com o governo depois de saber que o Ministério do Turismo, dirigido pelo partido, havia sofrido uma devassa, no rastro da Operação Voucher, da Polícia Federal. Dilma ficou furiosa por não ter sido avisada antes da operação e enquadrou o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo.

Pressionado, Cardozo cobrou explicações da Polícia Federal, "em caráter de urgência", sobre o uso de algemas para alguns dos detidos, nas ordens de prisão. O vice-presidente Michel Temer, que comandou o PMDB, agiu nas últimas 48 horas para conter o princípio de rebelião. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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