Buenos Aires - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca daqui a pouco em Buenos Aires para participar das comemorações do bicentenário da independência da Argentina, em meio ao atrito envolvendo barreiras comerciais que prejudicariam as exportações do Brasil para o país vizinho.

A criação de barreiras, ainda informais, à entrada de alimentos enlatados similares aos que são produzidos na Argentina, a partir do dia 1º de junho, já fez com que o governo brasileiro começasse a pensar em providências. Mesmo com as declarações da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, no último dia 17, durante a Cúpula América Latina-União Européia em Madri, desmentindo possíveis restrições, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) preparou um documento pedindo a intervenção do governo brasileiro para reverter os cancelamentos de pedidos de mercadorias do país por parte dos supermercadistas argentinos. A carta foi enviada ao ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. O Brasil é o maior comprador de produtos da Argentina.

Hoje (25), durante uma entrevista na embaixada do Brasil em Buenos Aires, assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmaram que essa questão comercial não deve ser tratada durante a visita das comemorações do bicentenário da independência da Argentina. Não está prevista nenhuma reunião entre Cristina Kirchner e Lula, que chegará a Buenos Aires às 15h30, com retorno previsto para 20h30.