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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
Brasília - O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não quis comentar as declarações do ex-ministro e deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), divulgadas hoje pelo IG. Na entrevista, Ciro afirma que o presidente Lula está "navegando na maionese" ao defender de maneira desmedida a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Padilha lembrou que existe um processo interno no PSB para discutir a posição do partido, em relação às eleições presidenciais, que será definido na próxima terça-feira, data da reunião da Executiva Nacional. "Nós, do governo federal, vamos respeitar esse processo que está em curso. Mas esperamos que como sempre estivemos juntos, continuemos juntos", afirmou.
Sobre a comparação feita por Ciro, na entrevista, de que o candidato da oposição está mais preparado para uma possível crise fiscal e cambial, nos próximos dois anos, Padilha afirmou: "Eu acho que a comparação entre Dilma e Serra vai ser feita pela população brasileira".
O ministro ressaltou que "a grande maioria da base aliada já tem demonstrado, ou formalmente ou por intermédio de seus líderes a vontade de estar junto com a ministra Dilma na sua pré-candidatura". "Esta foi a expressão, na última segunda-feira, na reunião de todos os lideres (dos partidos aliados) na Câmara, quando a maior parte dos presentes, independente da decisão tomada pelos partidos, disse que quer apoiar Dilma", afirmou o ministro.
Para Padilha, a campanha eleitoral caminha para um processo de polarização entre dois projetos: o do presidente Lula, apoiando Dilma, e da oposição, com Serra. "E isso certamente vai influir no debate no PSB. Esperamos o resultado até o dia 27 (data da reunião da Executiva). Respeitamos a decisão do PSB. Agora, eu espero que como sempre estivemos juntos, estejamos de novo. Se estar junto novamente em 2010 significa ter uma candidatura ou não, esse é um processo que o PSB vai resolver internamente", afirmou.