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Lula e outros líderes mundiais reagem à briga entre Trump e Zelensky

Presidente brasileiro classifica episódio como ‘grotesco’, enquanto Macron e Trudeau reforçam apoio à Ucrânia

Líderes globais reagiram ao embate entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky na Casa Branca (ROBERTO SCHMIDT e Tetiana DZHAFAROVA/AFP)

Líderes globais reagiram ao embate entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky na Casa Branca (ROBERTO SCHMIDT e Tetiana DZHAFAROVA/AFP)

Publicado em 1 de março de 2025 às 15h35.

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O encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky na última sexta-feira, 28, terminou em um embate tenso na Casa Branca e gerou reações de líderes ao redor do mundo. O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou a discussão de "grotesca" e afirmou que chefe de governo ucraniano foi "humilhado".

"Acho que, na cabeça do Trump, o Zelensky merecia isso", afirmou o petista a jornalistas neste sábado, 1º, no Uruguai, onde viaja para acompanhar a posse do presidente eleito, Yamandú Orsi.

Encontro com Trump gera repercussão na Europa

O presidente francês, Emmanuel Macron, reafirmou que a Rússia é a agressora, e que a Ucrânia precisa continuar recebendo apoio internacional. "Acho que estávamos certos em ajudar a Ucrânia e sancionar a Rússia há três anos, e devemos continuar a fazê-lo", disse em coletiva em Portugal.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, reforçou a necessidade de um suporte contínuo. "Por três anos, os ucranianos lutaram com coragem e resiliência. Sua luta por democracia, liberdade e soberania importa para todos nós. O Canadá continuará a apoiá-los para garantir uma paz justa e duradoura", declarou.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmou que a paz é o objetivo principal, mas que a Ucrânia precisa de respaldo internacional. "Ninguém quer a paz mais do que os cidadãos da Ucrânia! É por isso que estamos buscando juntos um caminho para uma paz duradoura e justa. A Ucrânia pode contar com a Alemanha – e com a Europa", disse.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, expressou seu apoio ao presidente ucraniano em uma mensagem na rede social X. Afirmou que Zelensky "nunca está só" e que a União Europeia continuará a trabalhar com ele para alcançar uma "paz justa e duradoura" na Ucrânia. Ela também elogiou a dignidade e a bravura do povo ucraniano.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, alertou que divisões dentro do Ocidente apenas enfraquecem a posição contra Moscou. "Toda divisão do Ocidente nos torna mais fracos e favorece aqueles que gostariam de ver o declínio de nossa civilização. Uma divisão não beneficiaria ninguém", afirmou, sugerindo uma cúpula entre os aliados para discutir o futuro da guerra.

O porta-voz do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, declarou que o Reino Unido mantém "seu apoio inabalável à Ucrânia" e busca um caminho para uma paz baseada na soberania e segurança do país.

Por outro lado, o Kremlin celebrou o desentendimento entre Trump e Zelensky. Dmitry Medvedev, ex-presidente russo e aliado de Vladimir Putin, descreveu Zelensky como um "porco insolente" que finalmente recebeu uma "lição adequada" no Salão Oval.

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