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Lula defende libertação de Julian Assange após reunião com WikiLeaks

Em junho, Lula já havia cobrado uma "pressão mundial" pela libertação do fundador do WikiLeaks; Assange é acusado de ter divulgado segredos militares sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão

Lula: presidente eleito se reuniu com representantes do WikiLeaks, que cumprem agenda em diversos países (Horacio Villalobos/Getty Images)

Lula: presidente eleito se reuniu com representantes do WikiLeaks, que cumprem agenda em diversos países (Horacio Villalobos/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de novembro de 2022 às 13h44.

Última atualização em 30 de novembro de 2022 às 13h44.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com os editores do WikiLeaks Kristinn Hrafnsson e Joseph Farrell na última segunda-feira, 28, e voltou a defender a libertação do australiano Julian Assange, preso desde 2019 em Londres. Em publicação nas redes sociais, Lula disse que foi informado "da situação de saúde e da luta por liberdade" de Assange. "Pedi para que enviassem minha solidariedade. Que Assange seja solto de sua injusta prisão", escreveu.

Em junho, Lula já havia cobrado uma "pressão mundial" pela libertação do fundador do WikiLeaks. O editor-chefe do WikiLeaks Kristinn Hrafnsson publicou no Twitter que apresentou ao petista uma demanda "para acabar com a perseguição" de Assange, "entendendo que isso pode prejudicar a liberdade de imprensa em todo o mundo". "Um verdadeiro homem de paixão, visão e simpatia" escreveu sobre Lula.

Os representantes do WikiLeaks cumprem agendas em diversos países para pedir a libertação de Assange. Na terça-feira, 29, eles também estiveram no Congresso em reuniões com parlamentares.

LEIA TAMBÉM: Primeiro-ministro australiano pede fim de processo contra Julian Assange

Julian Assange, fundador do Wikileaks, é preso na embaixada do Equador em Londres

Julian Assange, fundador do Wikileaks, foi preso na embaixada do Equador em Londres (Henry Nicholls/Reuters)

Quem é Julian Assange?

Assange foi detido em abril de 2019 pelas autoridades britânicas depois de o Equador retirar o asilo diplomático concedido em 2012. Em junho deste ano, o ativista teve a extradição para os EUA autorizada, acusado de conspiração por ciberpirataria. Ele segue detido, porém, na prisão de segurança máxima de Belmarsh, próximo a Londres, enquanto recorre à decisão da justiça.

Ele ganhou atenção mundial a partir de 2009, quando, por meio da plataforma WikiLeaks, publicou centenas de mensagens e documentos sobre militares americanos. Com a ajuda de cinco jornais internacionais (The New York Times, The Guardian, Der Spiegel, Le Monde e El País), também divulgou mais de 250 mil documentos secretos que revelavam segredos da diplomacia americana, no episódio que depois foi batizado de "cablegate".

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