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Lula conversa com presidentes do Egito e da Palestina e pede apoio para retirar brasileiros

Há 28 cidadãos do país que querem deixar Gaza e aguardam liberação para cruzar fronteira com Egito

O presidente Lula, durante telefonema com líder palestino (Ricardo Stuckert/Divulgação)

O presidente Lula, durante telefonema com líder palestino (Ricardo Stuckert/Divulgação)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 14 de outubro de 2023 às 16h54.

Última atualização em 14 de outubro de 2023 às 17h08.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone neste sábado com os presidentes do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na busca de apoio para a saída dos brasileiros da Faixa de Gaza.

Segundo nota do Palácio do Planalto, Lula disse a Sissi que assim que os brasileiros cruzarem a passagem de Rafah serão acompanhados pelo embaixador do Brasil no Egito até o aeroporto de Arish, onde embarcarão  em aeronave da Força Aérea Brasileira com destino ao Brasil.

O governo brasileiro trabalha para resgatar 28 brasileiros que querem deixar Gaza. Eles foram levados para perto da fronteira com o Egito, e aguardam a autorização do país vizinho para seguir viagem. O Brasil enviou uma aeronave, que aguarda em Roma a autorização para ir ao Egito resgatar os brasileiros.

Na conversa com os dois líderes, Lula defendeu a importância de criar um corredor humanitário para a saída dos estrangeiros que querem retornar a seus países. O presidente também citou o reconhecimento brasileiro do Estado palestino. O Brasil, historicamente, defende uma solução de dois Estados para resolver o impasse de décadas entre Israel e Palestina.

Segundo o Palácio do Planalto, na conversa com Abbas, Lula expressou preocupação com os civis na região de Gaza e com o bloqueio de ajuda humanitária. O presidente brasileiro condenou os ataques terroristas contra civis em Israel, reforçou a importância de um corredor humanitário e a libertação imediata de todos os reféns. Lula disse que os inocentes em Gaza não podem pagar o preço da insanidade daqueles que querem a guerra.

A Autoridade Palestina tem pouco poder sobre o governo de Gaza, que é controlada pelo Hamas, um grupo político que também realiza atividades terroristas. O Hamas foi responsável pelo ataque a Israel no sábado passado, que deixou mais de mil mortos.

Na quinta, 12, Lula havia conversado com Isaac Herzog, presidente de Israel, também por telefone. Ele disse ter condenado os ataques terroristas, pediu que não falte água e remédios para hospitais e fez um apelo por um corredor humanitário na Faixa de Gaza.

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