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Lula articula base pró-Palocci em Brasília

Ex-presidente fará articulação com o presidente do Senado, José Sarney, para proteger o ministro-chefe da Casa Civil

Lula mostrou-se disposto a ajudar o governo, mas longe dos holofotes, nos bastidores (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

Lula mostrou-se disposto a ajudar o governo, mas longe dos holofotes, nos bastidores (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2011 às 10h36.

São Paulo - No auge da crise envolvendo o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu, na prática, a articulação política do governo Dilma Rousseff. Lula almoçou ontem com senadores do PT, jantou com Dilma e Palocci, no Palácio da Alvorada, deu voz de comando para a defesa do ministro e hoje tomará café da manhã, na casa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), com os líderes da base aliada no Congresso.

"Estão testando o governo da Dilma. Quiseram me intrigar com ela e não conseguiram. Agora, se o governo entregar a cabeça do Palocci, vai cometer um grande erro. Não dá para pôr o Pelé no banco", disse Lula, segundo relato de três senadores que participaram do almoço com o ex-presidente, na casa de Gleisi Hoffmann (PT-PR) e do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Preocupado com o prolongamento da crise, Lula traçou ali a estratégia da reação, mas ouviu queixas sobre a falta de articulação política do Palácio do Planalto. Os petistas disseram a ele que, com Palocci alvejado por denúncias de multiplicação do patrimônio e suspeita de tráfico de influência, a situação só piorou. Insatisfeitos, eles reclamaram não apenas da lentidão para a montagem do segundo escalão como da ausência de diálogo e de argumentos para defender Palocci e o governo.

Lula mostrou-se disposto a preencher o vácuo político, mas longe dos holofotes, nos bastidores. Disse que conversaria com Dilma, Palocci e com o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio. "Essa queixa é justa e vamos melhorar o diálogo", afirmou o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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