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Lugo destitui ministro após confrontos no Paraguai

O próprio Carlos Filizzola fez o anúncio à imprensa após uma reunião com Lugo e seu Conselho de Ministros depois das ocorrências dessa manhã

Lugo, presidente do Paraguai: destituição dos funcionários ocorre ao mesmo tempo em que o Senado realizou uma sessão extraordinária para aprovar a cassação do ministro (Getty Images)

Lugo, presidente do Paraguai: destituição dos funcionários ocorre ao mesmo tempo em que o Senado realizou uma sessão extraordinária para aprovar a cassação do ministro (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2012 às 11h35.

Assunção - O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, destituiu nesta sexta-feira o ministro do Interior, Carlos Filizzola, e o comandante da Polícia, Paulino Rojas, após o confronto sangrento entre policiais e trabalhadores rurais em uma fazenda do nordeste do país.

O próprio Filizzola fez o anúncio à imprensa após uma reunião com Lugo e seu Conselho de Ministros depois das ocorrências dessa manhã, nas quais pelo menos seis policiais e nove trabalhadores morreram em uma operação de despejo no departamento de Canindeyú, na fronteira com o Brasil.

O ministro destituído, médico de profissão, compareceu diante da imprensa junto ao ministro da Educação, Víctor Ríos, que confirmou o anúncio dos novos titulares da pasta do Interior e da Polícia neste sábado pelo Governo.

Filizzola, senador do minoritário Partido País Solidário (PPS), se tornou ministro em 25 de agosto de 2011, quando substituiu Federico Acuña no cargo.

A destituição dos funcionários ocorre ao mesmo tempo em que o Senado realizou uma sessão extraordinária para aprovar a cassação do ministro, por suposto mau desempenho em suas funções. No entanto, a possibilidade foi descartada pelos deputados após a confirmação da destituição.

A Polícia tinha informado inicialmente a morte de sete policiais, mas confirmou que seis agentes e nove trabalhadores sem terras perderam a vida no confronto a tiros durante uma operação de despejo realizada na fazenda agrícola Morumbi, propriedade do conhecido empresário e político Blas N. Riquelme.

O fato ocorreu a cerca de 380 quilômetros de Assunção, em Canindeyú, fronteira com o o Paraná. As ocupações de fazendas por parte de grupos de trabalhadores rurais sem terras são constantes na região do centro e nordeste do país, principalmente em propriedades de produtores brasileiros de soja, primeira fonte de receita do Paraguai. 

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