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Lufthansa aumenta preços de passagens na Europa para cobrir custos ambientais

Acréscimo será aplicado a todos os voos previstos a partir de 1º de janeiro de 2025

Um Airbus-A320-271N da companhia aérea Lufthansa pousa no aeroporto de Heathrow, no oeste de Londres, em 29 de abril de 2024 (AFP)

Um Airbus-A320-271N da companhia aérea Lufthansa pousa no aeroporto de Heathrow, no oeste de Londres, em 29 de abril de 2024 (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 25 de junho de 2024 às 15h02.

A Lufthansa, a maior companhia aérea da Europa, anunciou nesta terça-feira, 25, um aumento no preço de todos os seus voos no continente europeu para cobrir parte dos custos relacionados às exigências ambientais da Comissão Europeia.

O acréscimo será aplicado a todos os voos previstos "a partir de 1º de janeiro de 2025", dos 27 países da União Europeia (UE), assim como do Reino Unido, Noruega e Suíça, informou o grupo em comunicado.

O aumento terá variação "em função da rota e tarifa do voo", em uma escala entre 1 e 72 euros (R$ 5,80 e R$ 418 na cotação atual), acrescentou.

"A companhia aérea não será capaz de suportar sozinha os crescentes custos adicionais decorrentes das exigências regulatórias nos próximos anos", justificou a Lufthansa.

A empresa se refere às cotas obrigatórias impostas pela UE para incorporar combustíveis mais sustentáveis (SAF), a fim de substituir progressivamente o querosene.

A proporção do SAF deverá chegar a 2% a partir de 2025, 6% em 2030, depois 20% a partir de 2035 e, por fim, 70% em 2050.

No entanto, a produção destes combustíveis ainda está em fase inicial. Em 2023, correspondia a 0,5% da demanda mundial de aviação.

Devido à baixa disponibilidade, seu preço ainda é de três a cinco vezes superior ao do querosene, segundo a Lufthansa.

Enquanto o seu preço não diminuir, a companhia aérea poderá continuar repassando o custo adicional ao preço das passagens, alertou.

Para compensar o atraso na produção de SAF na Europa, as principais companhias aéreas europeias, incluindo a Lufthansa, fizeram um apelo ao bloco em março para que estabelecessem um modelo semelhante ao dos Estados Unidos, onde a produção recebe incentivos.

Este suplemento ambiental se soma a outro acréscimo opcional, proposto aos viajantes pela Lufthansa e outras companhias aéreas, para compensar suas emissões de carbono através de projetos de proteção climática.

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