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Londres quer período de transição do "Brexit" aberto

Segundo documento, Reino Unido se mostra a favor de que a UE deixe aberta a possibilidade de estender o período de saída, em vez de estabelecer tempo fixo

Brexit: "O Reino Unido acredita que a duração do período deveria ser determinado simplesmente pelo tempo que levará preparar e implementar os novos processos e sistemas que vão escorar a futura associação com a UE" (Toby Melville/Reuters)

Brexit: "O Reino Unido acredita que a duração do período deveria ser determinado simplesmente pelo tempo que levará preparar e implementar os novos processos e sistemas que vão escorar a futura associação com a UE" (Toby Melville/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 16h15.

Londres - O Governo do Reino Unido é a favor de que o período de transição que começará após o "Brexit", a saída do país da União Europeia (UE), fique aberto, a fim de preparar a futura relação comercial entre Londres e Bruxelas, segundo um documento oficial vazado nesta quarta-feira.

O texto, publicado pela imprensa britânica, revela que o Reino Unido se mostra a favor de que a UE deixe aberta a possibilidade de estender esse período de maneira indefinida, em vez de estabelecer um tempo fixo de aproximadamente dois anos.

O pedido do Governo de Theresa May aborda um ponto sensível para os deputados conservadores que apoiam a retirada "dura" do Reino Unido da UE, sem acesso ao mercado único europeu e à união aduaneira, a fim de que o país possa negociar livremente acordos comerciais com outros países após o "Brexit", cuja data está afixada para o dia 29 de março de 2019.

A UE quer que esse período de transição termine em dezembro de 2020, mas Londres prefere que seja em março de 2021.

"O Reino Unido acredita que a duração do período deveria ser determinado simplesmente pelo tempo que levará preparar e implementar os novos processos e sistemas que vão escorar a futura associação com a UE", indica o texto.

Segundo a imprensa, Londres recebeu pressões das empresas britânicas para manter a porta aberta a um período mais longo, durante o qual o Reino Unido ficaria como membro do mercado único e da união aduaneira, sob jurisdição do Tribunal europeu de justiça, mas não teria voz sobre as regras comunitárias.

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