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Londres pagará perdas e danos a ex-prisioneiros de Guantánamo

Um dos beneficiados pelas indenizações receberá US$ 1,6 milhão

Prisão de Guantánamo: ex-detentos denunciaram tortura com cumplicidade dos britânicos (John Moore/Getty Images)

Prisão de Guantánamo: ex-detentos denunciaram tortura com cumplicidade dos britânicos (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2010 às 10h54.

Londres - O Reino Unido pagará valores significativos em perdas e danos a ex-detentos da prisão de Guantánamo, que denunciam torturas com a cumplicidade dos serviços secretos britânicos (MI5), anunciou a rede de televisão ITN.

Segundo a ITN, um dos ex-prisioneiros receberá mais de um milhão de libras (1,6 milhão de dólares).

O governo fará uma declaração sobre o assunto nesta terça-feira no parlamento, indicou uma fonte oficial.

Após uma longa batalha judicial, a justiça britânica ordenou em julho a publicação de documentos relativos ao tratamento infligido ao etíope Binyam Mohamed, detido em Guantánamo por mais de quatro anos antes de ser transferido em fevereiro de 2009 para o Reino Unido, onde agora tem o status de residente.

O Foreign Office havia conseguido impedir a publicação dos documentos, entregues peloo serviço secreto americano (CIA), invocando a "segurança nacional" e a necessidade de preservar a confidencialidade das informações trocadas entre Londres e Washington.

Seis ex-prisioneiros de Guantánamo - Binyam Mohamed, Bisher al-Rawi, Jamil el Banna, Richard Belmar, Omar Deghayes e Martin Mubanga - acusaram membros do MI5 de cumplicidade na tortura.

Os termos da decisão permanecerão confidenciais a pedido das duas partes, segundo a ITN.

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