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Londres diz que serviços de inteligência agem dentro da lei

O premiê britânico, David Cameron, respondeu às acusações de que teriam burlado as regras para obter dados pessoais


	O primeiro-ministro britânico, David Cameron: "esta vigilância é essencial e eu a supervisiono", disse o líder conservador sobre as agências
 (Carl Court/AFP)

O primeiro-ministro britânico, David Cameron: "esta vigilância é essencial e eu a supervisiono", disse o líder conservador sobre as agências (Carl Court/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2013 às 13h03.

Londres - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, declarou nesta segunda-feira que as agências de inteligência do Reino Unido "agem dentro da lei", em resposta às acusações de que teriam burlado as regras para obter dados pessoais.

As agências britânicas de inteligência "agem dentro da lei. (...) Elas estão sujeitas a uma verificação por parte da comissão parlamentar encarregada da segurança", garantiu Cameron durante uma visita ao nordeste de Londres.

"Esta vigilância é essencial e eu a supervisiono", acrescentou o líder conservador.

Consultado especificamente sobre as alegações de que o Reino Unido teve acesso ao programa de espionagem americano Prism, no centro de um grande escândalo nos Estados Unidos, ele respondeu: "Eu não posso comentar assuntos da inteligência".

De acordo com o jornal britânico The Guardian, o centro britânico de escutas, GCHQ, teve acesso, "pelo menos desde junho de 2010", ao Prism, desenvolvido secretamente pela inteligência americana.

O Prism é usado pelos serviços secretos americanos para interceptar comunicações de internautas fora dos Estados Unidos em grandes redes sociais, como o Facebook. Segundo o The Guardian, o Prism também parece "ter permitido ao GCHQ contornar o procedimento legal necessário para obter dados pessoais, tais como e-mails, fotos ou vídeos, de operadores localizados fora do Reino Unido".


O chefe da diplomacia britânica, William Hague, que dirige o serviço de escutas e o serviço secreto externo (MI6), deve comentar o assunto esta tarde diante dos deputados. Ele garantiu no domingo que o "quadro legal" em que a inteligência britânica trabalha é "sólido" e que "a supervisão por parte dos ministérios é forte".

Por causa da polêmica ele foi obrigado a adiar sua viagem para os Estados Unidos programada para esta segunda.

Uma autoridade legal, "normalmente um ministro", deve dar a sua permissão para qualquer solicitação do serviço de escutas do Reino Unido para acessar e-mails de cidadãos britânicos, explicou nesta segunda-feira o presidente da Comissão Parlamentar Britânica para segurança, Malcom Rifkind.

As agências de inteligência "não podem simplesmente decidir e-mails ou números de telefone que irão interceptar", acrescentou.

Os conservadores defendem um projeto de lei que exigiria das operadoras de internet e de telefonia móvel os registros das atividades de seus clientes, para que possam ser consultados pelas autoridades. Este projeto está atualmente paralisado por causa da oposição de seus aliados liberais-democratas.

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