Mundo

Londres descarta negociar sobre soberania das Malvinas

A Argentina anunciou na terça-feira que levará o conflito à ONU

Força aérea britânica em exercício nas Malvinas: há quase 30 anos, em 1982, a Argentina e o Reino Unido travaram uma guerra pela posse das ilhas (Handout/Getty Images)

Força aérea britânica em exercício nas Malvinas: há quase 30 anos, em 1982, a Argentina e o Reino Unido travaram uma guerra pela posse das ilhas (Handout/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2012 às 08h33.

Londres - O governo britânico voltou a descartar nesta quarta-feira qualquer negociação com a Argentina sobre a soberania das ilhas Malvinas, depois de a presidente argentina, Cristina Kirchner, ter anunciado ontem que levará o conflito à ONU.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido indicou nesta quarta que os moradores das Malvinas, cerca de 3 mil pessoas, são 'britânicos por opção' e 'livres para decidir seu futuro'.

'Não haverá negociações com a Argentina sobre a soberania das ilhas, a menos que seus habitantes desejem', apontou o porta-voz do Foreign Office, em linha com o que já havia expressado em Nova York horas antes um porta-voz da missão britânica na ONU.

Cristina Kirchner anunciou na terça-feira em Buenos Aires que apresentará um protesto na ONU pela 'militarização' das Malvinas pelo Reino Unido, que tem a soberania dessas ilhas desde 1833.

A presidente disse que fará a reivindicação ao Conselho de Segurança da ONU, do qual faz parte o Reino Unido como membro permanente, e a Assembleia das Nações Unidas.

O Reino Unido anunciou dias atrás o envio ao Atlântico Sul de uma moderna embarcação de guerra, o destróier 'HMS Dauntless', equipado com mísseis antiaéreos, e na semana passada chegou às ilhas o príncipe William da Inglaterra para uma instrução militar de seis semanas.

Há quase 30 anos, em 1982, a Argentina e o Reino Unido travaram uma guerra pela posse das Malvinas, que começou depois da ocupação por militares argentinos e chegou ao fim dois meses depois, em 14 de junho, com a rendição argentina. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaDiplomaciaEuropaLondresMetrópoles globaisPaíses ricosReino Unido

Mais de Mundo

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo