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Londres afirma que informações de Miranda eram importantes

O governo britânico defendeu a detenção de David Miranda porque o material apreendido poderia afetar a segurança nacional

O brasileiro David Miranda, companheiro do jornalista Glenn Greenwald: informações que estavam com o brasileiro eram "altamente confidenciais", segundo governo (Marcelo Piu/AFP)

O brasileiro David Miranda, companheiro do jornalista Glenn Greenwald: informações que estavam com o brasileiro eram "altamente confidenciais", segundo governo (Marcelo Piu/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 14h54.

Londres - O governo britânico defendeu nesta sexta-feira na justiça a detenção do brasileiro David Miranda, namorado de um jornalista do jornal The Guardian, porque o material apreendido poderia afetar a segurança nacional.

Um dos arquivos requisitados a Miranda - companheiro do jornalista Glenn Greenwald, que atuou com Edward Snowden na revelação de segredos dos serviços de segurança de vários países - continha 58.000 "documentos de inteligência altamente confidenciais", explicou Oliver Robbins na Alta Corte britânica, uma das principais instituições judiciais do país.

Robbins é vice-conselheiro nacional de Segurança para Assuntos de Inteligência e sua declaração foi entregue por escrito ao tribunal.

O jornal The Guardian rejeitou os argumentos de Robbins. Seu diretor, Alan Rusbridger, o acusou de ter feito afirmações "sem fundamento e inexatas".

Em um comunicado, Rusbridger afirmou que, se o material era tão importante, não se pode entender como o governo passou semanas sem tentar obtê-lo.

O diretor explicou que, quando os agentes britânicos foram ao jornal destruir as cópias do material fornecido por Snowden, o Guardian os informou que o New York Times e o ProPublica também tinham material de inteligência britânico.

"Depois da destruição das cópias do Guardian no sábado, 20 de julho, o governo fez muito pouco, até a oportunista detenção de David Miranda com o amparo de leis elaboradas para terroristas, e não jornalistas", afirmou Rusbridger.

Miranda, de 28 anos, levou o caso de sua detenção à Alta Corte, argumentando que o processo estava baseado na aplicação incorreta das leis antiterroristas e que seus direitos humanos tinham sido violados.

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