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Lobista atuou no Ministério das Cidades, afirma revista

Ex-dirigente de entidade do setor de inspeção veicular usou cargo no ministério para influenciar contratação de empresas

Segundo a reportagem, o ministro Negromonte teria dado aval para contratação do lobista (Wilson Dias/ABr)

Segundo a reportagem, o ministro Negromonte teria dado aval para contratação do lobista (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2011 às 08h25.

Brasília - Um ex-dirigente da principal entidade do setor de inspeção veicular ganhou cargo dentro do Ministério das Cidades e teria influenciado na contratação de empresas ligadas à sua ex-associação, informa reportagem da última edição da revista IstoÉ. A matéria afirma que Gil Pierre Benedito Herck, ex-presidente da Associação Nacional das Empresas de Perícia e Inspeção Veicular (Anpevi), trabalhou pelo menos 90 dias dentro do ministério chefiado por Mário Negromonte sem nomeação.

Segundo a reportagem publicada neste fim de semana, Herck foi escolhido pelo diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Júlio Arcoverde, com o aval de Negromonte, para ser assessor especial do órgão. Mesmo antes da publicação de seu nome no Diário Oficial - que aconteceu apenas na última quinta-feira - o empresário ganhou gabinete, secretária, crachá e passou a trabalhar no departamento que dá as regras do trânsito no País.

Já como o novo assessor ao lado, Arcoverde credenciou a Ipiranga Perícias e Vistorias Automotivas Ltda, empresa de José Roberto Martins, membro do conselho da entidade que havia sido presidida por Herck. A nova credenciada pelo Denatran tem entre os acionistas indiretos Vagner Caovila, atual presidente da Anpevi, e Roberto Mogi, ex-sócio de Herck em outra empresa, a Vistoria Brasil.

Além do contrato que favoreceu empresas próximas a Herck, o assessor especial do Denatran também teve, no período em que trabalhava sem ter sido nomeado, reuniões para tratar de decisão do ministério sobre o acesso de empresas privadas ao serviço de licenciamento de veículos e também debateu com entidades o aumento do peso permitido nos transporte rodoviário.

Contatado, o Ministério das Cidades não respondeu até o fechamento desta reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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