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Lloyd's: seguros contra catástrofes são insuficientes

Londres - A empresa londrina de seguros Lloyd's avaliou nesta terça-feira, em um estudo, que os países emergentes, entre eles a China e vários latino-americanos, estão pouco assegurados contra desastres naturais, e que as consequências financeiras destas catástrofes recaíam sobre os Estados. Segundo este estudo, encomendado pela Lloyd's e elaborado pelo instituto CEBR, o déficit […]


	Lloyd's: o déficit anual de cobertura dos riscos por parte dos seguros em 17 economias emergentes chega a 168 bilhões de dólares
 (Ben Stansall/AFP)

Lloyd's: o déficit anual de cobertura dos riscos por parte dos seguros em 17 economias emergentes chega a 168 bilhões de dólares (Ben Stansall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 18h49.

Londres - A empresa londrina de seguros Lloyd's avaliou nesta terça-feira, em um estudo, que os países emergentes, entre eles a China e vários latino-americanos, estão pouco assegurados contra desastres naturais, e que as consequências financeiras destas catástrofes recaíam sobre os Estados.

Segundo este estudo, encomendado pela Lloyd's e elaborado pelo instituto CEBR, o déficit anual de cobertura dos riscos por parte dos seguros em 17 economias emergentes chega a 168 bilhões de dólares, o que os "expõe severamente aos custos a longo prazo dos desastres".

A China representa sozinha 79,57 bilhões de dólares deste montante.

As outras economias citadas no estudo são Brasil, Hong Kong, Polônia, Colômbia, Tailândia, México, Arábia Saudita, Chile, Nigéria, Índia, Turquia, Egito, Filipinas, Vietnã, Indonésia e Bangladesh.

"O Estado assume uma proporção excessiva dos custos das catástrofes naturais nos países que têm uma fraca taxa (de penetração) dos seguros", destacou a Lloyd's.

Como exemplo, a seguradora londrina citou o terremoto de maio de 2008 na região chinesa de Sichuan, que deixou cerca de 70 mil mortos e 18 mil desaparecidos.

Apenas 0,3% dos danos calculados em 125 bilhões de dólares correram por conta das seguradoras, "o que deixou o Estado chinês tendo que pagar quase a totalidade dos custos".

"Quando as economias de forte crescimento continuam desenvolvendo-se e as redes de abastecimento estão cada vez mais interligadas, é hora de nos perguntarmos: O mundo pode se permitir um risco tão elevado?", questionou Richard Ward, diretor-geral da Lloyd's.

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