Donald Trump: presidente demitiu Comey em maio do ano passado enquanto o FBI investigava acusações de que a Rússia teria interferido na eleição presidencial de 2016 (Jonathan Ernst/Reuters)
Reuters
Publicado em 24 de abril de 2018 às 20h48.
Última atualização em 24 de abril de 2018 às 20h49.
O livro de memórias do diretor demitido do FBI James Comey que detalha seus encontros particulares com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vendeu cerca de 600 mil cópias em todos os formatos em sua primeira semana, informou a editora nesta terça-feira, sendo o mais recente em uma série de livros políticos best-sellers.
"A Higher Loyalty: Truth, Lies, and Leadership", de Comey, também ultrapassou o livro de memórias da campanha de Hillary Clinton, "What Happened", e a revelação dos bastidores da Casa Branca feita pelo jornalista Michael Wolff em "Fogo e Fúria" em vendas na semana de lançamento, de acordo com dados da indústria.
A editora Flatiron Books, uma divisão da Macmillan, informou que imprimiu mais de um milhão de cópias do livro de Comey, que ganhou manchetes no país.
A Flatiron não informou se as vendas da semana de lançamento foram globais ou limitadas aos EUA.
Comey tem estado em destaque na mídia, participando de diversas entrevistas na TV e rádio, e também em uma turnê do livro, que fez com que se apresentasse para plateias lotadas de mais de mil pessoas.
O livro provocou a ira de Trump, uma vez que Comey comparou o presidente com um chefe da máfia que enfatiza lealdade pessoal ao invés da lei e possui pouco respeito por moralidade e verdade.
Trump demitiu Comey em maio do ano passado enquanto o FBI investigava acusações de que a Rússia teria interferido na eleição presidencial de 2016 e possível conluio entre russos e a campanha de Trump.
Trump tem repetidamente negado qualquer conluio.