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Livro de Assange será lançado em novembro

"Cypherpunks", que discorre sobre a liberdade e a internet estará à venda a partir de 26 de novembro em formato tradicional e como livro eletrônico


	Julian Assange: ao longo de 192 páginas, os ativistas se perguntam no livro se o Facebook e o Google constituem "a maior máquina de vigilância jamais inventada" 
 (Geoff Caddick/AFP)

Julian Assange: ao longo de 192 páginas, os ativistas se perguntam no livro se o Facebook e o Google constituem "a maior máquina de vigilância jamais inventada"  (Geoff Caddick/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2012 às 21h09.

Nova York - O novo livro de Julian Assange, "Cypherpunks", no qual o fundador do "Wikileaks", que está há mais de três meses na embaixada do Equador em Londres, discorre sobre a liberdade e a internet junto a outros ativistas, será lançado em novembro após fechar um acordo com a editora OR Books.

"Cypherpunks", coescrito por Assange, Jeremie Zimmermann, Jacob Applebaum e Andy Müller-Maguhn, estará à venda a partir de 26 de novembro em formato tradicional e como livro eletrônico, segundo divulgou nesta segunda-feira no site do editorial independente.

Assange, a quem o Equador concedeu asilo e é requerido pela justiça sueca por denúncias de abusos sexuais, diz ter escrito o livro em resposta a sua preocupação há muito tempo pela vigilância e o controle de internet por parte do governo, segundo "The New York Times".

"Em março me reuni com três "cypherpunks" para discutir sobre resistência. Dois deles estão sob o olhar das forças de segurança por seu trabalho para salvaguardar a privacidade e suas palavras e histórias merecem ser escutadas", disse em comunicado.

Ao longo de 192 páginas, os ativistas se perguntam, entre outras coisas, se o Facebook e o Google constituem "a maior máquina de vigilância jamais inventada" para seguir os passos "de nossa localização, nossos contatos e nossas vidas".


O fundador do "Wikileaks" está desde junho asilado na embaixada equatoriana em Londres para evitar sua extradição à Suécia, onde é acusado de crimes sexuais, que o australiano negou várias vezes.

Apesar de o Equador lhe conceder asilo, o governo britânico se nega a dar um salvo-conduto para o fundador do Wikileaks deixar o país. O portal foi responsável pelo vazamento de milhares de telegramas diplomáticos que comprometeram governos de todo o mundo e prejudicaram especialmente os Estados Unidos.

Assange teme que, se for extraditado para a Suécia, o país o envie aos EUA, onde acredita que poderia ser condenado à pena de morte ou à prisão perpétua, por ter filtrado telegramas diplomáticos americanos confidenciais.

Equador pediu a Londres um salvo-conduto para que Assange possa sair sem problemas do país e ir para o asilo, mas o governo britânico assegura que o deterá porque tem a obrigação de extraditá-lo à Suécia. 

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