Reino Unido: o acordo negociado por May prevê a livre circulação por 2 anos após o Brexit (Andrew Yates/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de agosto de 2019 às 11h38.
Última atualização em 19 de agosto de 2019 às 16h23.
Londres — O Governo britânico advertiu nesta segunda-feira que a atual legislação que permite que os cidadãos comunitários vivam e trabalhem livremente no Reino Unido "terminará" caso a saída do país da União Europeia ocorra sem acordo em 31 de outubro.
Uma porta-voz do Executivo de Boris Johnson esclareceu que, se ocorrer essa situação, serão criadas novas leis "mais duras" para aplicar àquelas pessoas que se mudam para o Reino Unido.
A mesma fonte reiterou que o governo conservador deseja implantar um sistema de pontos similares ao usado pela Austrália para controlar a imigração.
O princípio de livre circulação possibilita que os cidadãos da UE residam e trabalhem em qualquer outro país do bloco comunitário.
Perguntado sobre este assunto, Johnson afirmou hoje que sob seu governo, este país não será "em absoluto hostil à imigração" e acrescentou que estará "democraticamente controlado".
O Reino Unido acolhe atualmente aproximadamente 3,2 milhões de cidadãos de outros países comunitários.
Sob o acordo de saída negociado com Bruxelas pela ex-primeira-ministra britânica Theresa May, a livre circulação seria mantida durante um período de transição de dois anos após o Brexit.
No entanto, esse acordo não conseguiu a aprovação do Parlamento e, a menos que agora se chegue a outro novo pacto, o país deixará a UE de maneira abrupta em 31 de outubro.
No caso de um Brexit duro, os cidadãos comunitários terão direito a uma residência permanente se residirem no país há mais de cinco anos.