O ex-secretário-geral da Liga Árabe, Amr Mussa, está entre os favorito à presidencia (Mario Tama/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2012 às 13h49.
Cairo - A comissão eleitoral egípcia anunciou nesta quinta-feira a lista definitiva dos 13 candidatos à primeira eleição presidencial após a queda de Hosni Mubarak, colocando um ponto final a uma série de reviravoltas que levaram à eliminação de vários candidatos.
O nome de Ahmad Chafiq, o último chefe de governo de Mubarak, eliminado na terça-feira e depois reintegrado nesta quarta, está na lista final.
Entre os outros candidatos estão Amr Mussa, ex-ministro das Relações Exteriores e ex-chefe da Liga Árabe; Mohammed Morsi, o presidente do Partido da Liberdade e da Justiça (PLJ, ligado à Irmandade Muçulmana); e Abdelmoneim Abul Futuh, antiga liderança da Irmandade Muçulmana.
A campanha oficial para as eleições de 23 e 24 de maio começará no dia 30 de abril, indicou durante uma entrevista coletiva à imprensa Faruq Soltan, chefe da comissão eleitoral. Entretanto, alguns candidatos já começaram a fazer campanha, como Mussa e Morsi.
O Conselho Supremo das Forças Armadas, para o qual Mubarak entregou o poder após renunciar sob pressão popular, em fevereiro 2011, se comprometeu a ceder o poder ao presidente eleito até o final de junho.
A comissão eleitoral excluiu no total dez candidatos, incluindo a primeira opção da Irmandade Muçulmana, Khairat al-Chater, o ex-vice-presidente e ex-chefe de inteligência Omar Suleiman e o salafista Hazem Abu Ismail.
Chater foi excluído em razão de uma condenação pronunciada pela justiça militar na época do regime de Mubarak; Suleiman, porque não reuniu todas as assinaturas de eleitores exigidas; e Abu Ismail, porque sua mãe obteve um passaporte americano, algo proibido pela lei eleitoral, segundo Hatem Bagato, secretário-geral da comissão.
A candidatura de Suleiman havia provocado a ira da maioria das forças políticas do país. O Parlamento reagiu adotando uma emenda à lei eleitoral visando a excluir os pilares da era Mubarak da eleição presidencial.
Foi com base nesta lei, finalmente ratificada pelo poder militar, que a comissão suspendeu Chafiq, antes de aceitar sua apelação e reintegrá-lo à disputa.