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Liga Árabe suspende Líbia de suas reuniões

Organização criticou o uso da violência contra os manifestantes e avisou que irá investigar se o país descompriu os requerimentos da entidade

Protestos na Líbia: Liga Árabe criticou a violência na região (Mahmud Turkia/AFP)

Protestos na Líbia: Liga Árabe criticou a violência na região (Mahmud Turkia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2011 às 17h10.

Cairo - A Liga Árabe suspendeu nesta terça-feira a participação da Líbia em todos os seus encontros, durante uma reunião extraordinária de seus representantes permanentes no Cairo (Egito).

Segundo um comunicado oficial, "está suspensa a participação das delegações governamentais da Líbia nas reuniões do Conselho da Liga Árabe e de todas as suas organizações dependentes até que as autoridades líbias cumpram os requerimentos" da organização pan-árabe.

A Líbia ocupa atualmente a Presidência anual da Liga Árabe, que, a princípio, deveria ser passada em março para o Iraque.

Na nota, os embaixadores permanentes da Liga Árabe recomendaram discutir o grau de cumprimento por parte da Líbia dos requerimentos da organização na próxima reunião de seus ministros das Relações Exteriores em 2 de março.

Por outro lado, a Liga Árabe condenou "os crimes perpetrados contra as manifestações pacíficas realizadas em várias cidades e na capital, Trípoli".

Além disso, manifestou sua "forte rejeição às ações de violência contra os civis, que não têm nenhuma justificativa, e especialmente ao recrutamento de mercenários estrangeiros".

Além disso, criticou "o uso de balas e armas pesadas para reprimir os manifestantes, já que representa violações graves dos direitos humanos e da legalidade internacional".

Nesse sentido, a organização pan-árabe pediu "a cessação imediata das ações de violência e que se recorra ao diálogo nacional para responder às legítimas reivindicações do povo líbio".

Também solicitou cumprir "com as aspirações do povo (líbio) e suas esperanças de liberdade, reforma, mudança democrática e justiça social".

Por outro lado, a Liga Árabe pediu às autoridades líbias que permitam aos meios de comunicação trabalhar livremente e a assegurar a chegada de ajuda médica aos feridos.

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