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Liga Árabe quer ação da ONU para conter violência síria

Houve um alerta contra uma guerra sectária no país, afirmando que o presidente sírio, Bashar al-Assad, é essencial para a resolução do conflito

Eles temem que a revolta no país possa se transformar em uma guerra civil, em meio ao fracasso do plano do enviado especial Kofi Annan (Fabrice Coffrini/AFP)

Eles temem que a revolta no país possa se transformar em uma guerra civil, em meio ao fracasso do plano do enviado especial Kofi Annan (Fabrice Coffrini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2012 às 17h12.

Damasco - Líderes árabes pediram neste sábado que a Organização das Nações Unidas (ONU) adote ações fortes para conter a violência na Síria. Eles temem que a revolta no país possa se transformar em uma guerra civil, em meio ao fracasso do plano do enviado especial Kofi Annan.

O próprio enviado da ONU alertou contra uma guerra sectária no país, afirmando que o presidente sírio, Bashar al-Assad, é essencial para a resolução do conflito. Em uma reunião na capital do Qatar, Annan disse que a possibilidade de uma guerra civil com uma preocupante dimensão sectária cresce a cada dia.

"A situação está complicada e é preciso que todos os envolvidos no conflito ajam com responsabilidade se querem interromper a violência. Mas a principal responsabilidade é do governo sírio e do presidente Assad", comentou Annan.

Mais cedo, o comitê ministerial da Liga Árabe pediu que Annan estabeleça um cronograma para seu plano. "Nós pedimos que Annan estabeleça um cronograma para sua missão, porque é inaceitável que os massacres e o banho de sangue continuem enquanto a missão segue indefinidamente", disse o primeiro-ministro do Qatar, o xeque Hamad bin Jassim al-Thani.

"Nós exigimos que o Conselho de Segurança da ONU remeta o plano de Annan ao Capítulo VII, para que a comunidade internacional possa assumir a responsabilidade", acrescentou al-Thani, se referindo às resoluções previstas pela organização em casos de ameaça contra a paz, que incluem o uso de força militar.

O chefe da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, também disse que pediu ao Conselho de Segurança ações fortes para proteger os civis na Síria, mas não levantou a questão de uma intervenção militar.

Quase 300 observadores da ONU estão na Síria desde o início de um acordo de cessar-fogo costurado por Annan, em abril, que é parte de um plano de seis fases, o qual determina também que o Exército se retire de determinadas cidades.

"Eu disse a Assad que ele precisa agir imediatamente para implementar todos os pontos do plano, além de adotar ações ousadas e visíveis para mudar radicalmente sua postura militar e honrar os compromissos para retirar armas pesas e interromper a violência", disse Annan.

Hoje, os governos dos Estados Unidos e da Rússia concordaram com a necessidade de trabalharem juntos para tentar interromper a onda de violência na Síria. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, telefonou para o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov. "A mensagem dela foi que de é preciso começar a trabalhar junto para ajudar os sírios com a estratégia de transição política", disse um representante do governo dos EUA sobre a conversas dos dois. As informações são da Dow Jones.

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