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Liga Árabe prepara convênio internacional contra insultos

A ideia de punir insultos às religiões surgiu após os últimos protestos realizados pela divulgação de um vídeo anti-Islã


	Na última semana, foram registrados diversos protestos e distúrbios em diversos países de maioria muçulmana por conta do vídeo; mais de 30 pessoas morreram
 (Rizwan Tabassum/AFP)

Na última semana, foram registrados diversos protestos e distúrbios em diversos países de maioria muçulmana por conta do vídeo; mais de 30 pessoas morreram (Rizwan Tabassum/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2012 às 16h58.

Cairo - A Liga Árabe está preparando um convênio internacional para punir os insultos às religiões após os últimos protestos realizados pela divulgação de um vídeo sobre o profeta Maomé, anunciou nesta quarta-feira o secretário-geral da organização, Nabil al Araby.

Em entrevista coletiva realizada no Cairo, Al Araby informou que entrou em contato com a União Europeia, a União Africana e a Organização de Cooperação Islâmica para lançar um comunicado que "proíba insultar religiões".

Al Araby explicou que a iniciativa não seria obrigatória para os Estados, mas importante nos aspectos midiático e político, e constituiria "um primeiro passo para preparar um convênio internacional".

Porém, ao contrário do comunicado, o convênio seria um mecanismo jurídico que os países deveriam aplicar para punir as pessoas que insultem o Islã e outras religiões.

O respeito às religiões será um dos primeiros assuntos que o secretário-geral da Liga Árabe tratará na próxima semana na Assembleia Geral das Nações Unidas, junto a outros temas como a causa palestina e a cooperação entre os países árabes e a América Latina.

A proposta da Liga Árabe para punir as ofensas à religião aconteceu depois que, na última semana, foram registrados diversos protestos e distúrbios em diversos países de maioria muçulmana por conta de um vídeo produzido nos Estados Unidos que ridiculariza o profeta Maomé.

A tensão continua depois que um jornal francês publicou nesta quarta-feira caricaturas do profeta, o que levou o governo francês a fechar suas embaixadas e escolas em vários estados muçulmanos para evitar ataques como os perpetrados a outras embaixadas ocidentais na semana passada. 

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