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Líderes mundiais tentam acalmar os mercados antes da abertura das bolsas

Por telefone, eles querem delinear uma resposta comum ao nervosismo criado pelas incertezas ligadas à dívida norte-americana e à crise na zona do euro

Nervosismo aumentou na última sexta, depois que Standard & Poor’s decidiu rebaixar a nota de crédito da dívida norte-americana (Getty Images)

Nervosismo aumentou na última sexta, depois que Standard & Poor’s decidiu rebaixar a nota de crédito da dívida norte-americana (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2011 às 15h50.

Brasília - Os líderes das principais economias do planeta se mobilizaram neste fim de semana para tentar acalmar os mercados diante da perspectiva de uma nova queda generalizada das principais bolsas mundiais amanhã (8).

Líderes do G20 (países mais ricos e principais economias emergentes), do G7 (países mais ricos do mundo) e governadores do Banco Central Europeu multiplicaram os contatos e reuniões por telefone para delinear uma resposta comum ao nervosismo criado pelas incertezas ligadas à dívida norte-americana e à crise na zona do euro.

O primeiro exemplo da temperatura dos mercados foi dado pela bolsa de Tel Aviv, uma das raras a funcionar no domingo, que abriu em queda de 6%. As bolsas do Golfo Pérsico também registraram quedas importantes.

O nervosismo aumentou na última sexta-feira, depois que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s decidiu, pela primeira vez na história, rebaixar a nota de crédito da dívida norte-americana, passando de AAA para AA+.


A agência justificou a decisão, criticada pelo Tesouro norte-americano, citando “os riscos políticos” ligados à dívida dos Estados Unidos que, hoje, ultrapassa US$ 14,5 trilhões.

Hoje, os ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G7, grupo que reúne os Estados Unidos, a Alemanha, o Japão, a França, o Canadá, a Itália e a Grã-Bretanha, se reuniram por teleconferência para tentar delinear uma estratégia comum face à crescente tensão dos mercados.

Após o anúncio da Standard & Poor’s, o Japão, que é o maior credor dos Estados Unidos depois da China, disse que não vai mudar sua política de compra de títulos da dívida norte-americana.

Os líderes do G20 também se reuniram hoje por telefone, segundo indicou o vice-ministro sul-coreano das Finanças, Choi Jong-Ju, que não quis dar detalhes sobre as discussões. Segundo uma fonte ouvida pela agência France Presse, o G20 deve fazer um apelo comum com o objetivo de acalmar os mercados mundiais.

Os governadores do Banco Central Europeu (BCE) também convocaram uma reunião de urgência para a noite deste domingo. Há rumores de que o BCE esteja se preparando para comprar títulos da dívida da Itália e da Espanha, para tentar ajudar os dois países e tranquilizar os investidores.

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