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Líderes mundiais pedem redução de arsenal nuclear

Redução de estoques de combustível nuclear altamente enriquecido ajudaria a impedir militantes a obter bombas atômicas


	Usina de energia nuclear: 53 países - incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama - disseram ter havido muito progresso nos últimos quatro anos
 (Getty Images)

Usina de energia nuclear: 53 países - incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama - disseram ter havido muito progresso nos últimos quatro anos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 14h56.

Haia - Líderes mundiais pediram que os países reduzam seus estoques de combustível nuclear altamente enriquecido para ajudar a impedir militantes no estilo da Al Qaeda a obter bombas atômicas.

O apelo ocorreu nesta terça-feira, ao final de uma cúpula de dois dias eclipsada pela crise na Ucrânia.

Na terceira cúpula de segurança nuclear desde 2010, líderes de 53 países - incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama - disseram ter havido muito progresso nos últimos quatro anos.

Mas também deixaram claro que muitos desafios permanecem, e ressaltaram a necessidade de maior cooperação internacional para garantir que urânio altamente enriquecido (HEU, na sigla em inglês), plutônio e outras substâncias radioativas não caiam em mãos erradas.

Os Estados Unidos e a Rússia colocaram suas diferenças sobre a Crimeia de lado para apoiar a declaração final da reunião, cujo propósito é reforçar a segurança nuclear em todo o mundo, acompanhados de potências como China, França, Alemanha e Grã-Bretanha.

"Encorajamos os Estados a minimizar seus estoques de HEU e manter suprimentos de plutônio separado em níveis mínimos, ambas medidas consistentes com requisitos nacionais", disse o comunicado, que foi mais longe neste aspecto do que a cúpula anterior de 2012, em Seul.


A série de encontros começou em Washington em 2010, e uma quarta cúpula será realizada em Chicago em 2016.

Analistas dizem que grupos radicais poderiam, em teoria, construir uma bomba atômica rudimentar, mas mortal, se tivessem o dinheiro, o conhecimento técnico e os materiais físseis necessários.

Obter material nuclear para armamentos - HEU ou plutônio - é o maior desafio para militantes, e por isso este deve ser mantido em segurança tanto em instalações civis quanto militares, afirmaram as potências.

Referindo-se a uma iniciativa para usar urânio pouco enriquecido (LEU, na sigla em inglês) como combustível em reatores de pesquisas e de outros tipos, a declaração da cúpula afirma: "Encorajamos os Estados a continuar a minimizar o uso de HEU através da conversão de combustível de reator de HEU para LEU, quando técnica e economicamente factível".

"Da mesma forma, continuaremos a encorajar e apoiar esforços para usar tecnologias sem HEU para a produção de rádio-isótopos, incluindo incentivos financeiros", informou o documento.

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