Mundo

Líderes mundiais condenam tentativa de assassinato de Trump

O ex-presidente foi ferido na orelha, uma pessoa que acompanhava o comício morreu e duas estão em condição crítica

Donald Trump: tentativa de assassinato gera repúdio global (SAMUEL CORUM/AFP)

Donald Trump: tentativa de assassinato gera repúdio global (SAMUEL CORUM/AFP)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 14 de julho de 2024 às 11h03.

Última atualização em 15 de julho de 2024 às 10h42.

Líderes mundiais condenaram e expressaram consternação pela tentativa de assassinato do ex-presidente americano e candidato republicano Donald Trump, em um tiroteio durante um comício no sábado no estado da Pensilvânia.

O ex-presidente foi ferido na orelha, uma pessoa que acompanhava o comício morreu e duas estão em condição crítica. O atirador, que estava fora da área do comício, foi morto pelo Serviço Secreto.

Américas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o atentado "deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável".

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, condenou "inequivocamente o ato de violência política", afirmou o seu porta-voz Stephane Dujarric.

O presidente da Argentina, Javier Milei, culpou a "esquerda internacional" após a tentativa de assassinato. "Com medo de perder nas urnas, eles recorrem ao terrorismo para impor sua agenda retrógrada e autoritária", disse o presidente populista.

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, também condenou "o que aconteceu ao ex-presidente Donald Trump". "A violência é irracional e desumana".

Na fronteira norte dos Estados Unidos, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse estar "enojado" com os tiros contra o ex-presidente Trump e afirmou que "a violência política nunca é aceitável".

O governo da Costa Rica condenou o ataque e disse que estava acompanhando as atualizações sobre "este ato inaceitável". "Como líder em democracia e paz, rejeitamos todas as formas de violência", disse a Presidência.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, expressou sua "condenação incondicional" ao atentado. "A violência é uma ameaça às democracias e enfraquece nossa convivência. Todos devemos rejeitá-la", disse Boric.

Na Bolívia, o presidente Luis Arce disse que "apesar de nossas profundas diferenças ideológicas e políticas, a violência, venha de onde vier, deve ser sempre rejeitada por todos."

O governo da Colômbia também condenou o ataque: "Como país que sofreu com a violência, reafirmamos que esta não tem nenhum espaço no debate político e eleitoral".

"Temos sido adversários, mas desejo ao presidente Trump saúde e vida longa, e repudio esse atentado", declarou o presidente Nicolás Maduro durante um comício eleitoral na Venezuela.

No Equador, que em agosto de 2023 sofreu o assassinato do candidato à presidência Fernando Villavicencio, o governo condenou "todas as formas de violência política" e destacou que o magnicídio do ano passado "demonstrou os profundos danos que o extremismo político inflige aos processos eleitorais".

No Uruguai, o presidente Luis Lacalle Pou (centro-direita) expressou o "repúdio a todo tipo de violência" e "solidariedade ao ex-presidente Donald Trump e ao povo dos Estados Unidos".

Na América Central, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, criticou o ataque e alertou que "quando a violência entra na arena política, perturba os processos (eleitorais) e ameaça as liberdades que a democracia garante".

Europa

A presidente da Comissão Europeia, o Executivo da União Europeia, disse estar "profundamente chocada com o tiroteio". “Desejo a Donald Trump uma recuperação rápida", declarou Ursula von der Leyen.

A Rússia condenou "qualquer manifestação de violência no âmbito da luta política", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, ao mesmo tempo que denunciou "várias tentativas de eliminar o candidato Trump do cenário político".

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que estava "horrorizado com as cenas chocantes" no comício. "A violência política de qualquer forma não tem lugar em nossas sociedades", disse o premiê.

Na França, o presidente Emmanuel Macron enviou "desejos de uma rápida recuperação" a Trump. "É uma tragédia para as nossas democracias".

O chefe de Governo da Alemanha, Olaf Scholz, chamou a tentativa de assassinato de "desprezível" e disse que a violência política é uma ameaça à democracia.

Referindo-se a "essas horas sombrias", o líder nacionalista da Hungria, Victor Orban, ofereceu seus "pensamentos e orações" a Trump.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, disse que estava "acompanhando com apreensão" as atualizações da Pensilvânia, onde ocorreu o comício, e desejou a Trump uma rápida recuperação.

Na Espanha, o primeiro-ministro Pedro Sánchez expressou a sua "veemente condenação" e afirmou que "a violência e o ódio não têm espaço em uma democracia".

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, desejou a Trump uma "rápida recuperação". "Esta violência não tem justificativa e não tem espaço em nenhum lugar do mundo", disse.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, expressou confiança de que "a investigação sobre o ataque acontecerá de forma eficaz e que os perpetradores e seus instigadores serão levados à justiça o mais rápido possível, para não ofuscar as eleições nos Estados Unidos e a estabilidade global".

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que estava "chocado" e destacou que "os aliados estão unidos para defender a nossa liberdade e os nossos valores".

Vaticano

O Vaticano denunciou neste domingo a tentativa de assassinato de Trump. "A Santa Sé expressa a sua preocupação após o episódio de violência da noite passada que fere as pessoas e a democracia, causando sofrimento e morte", afirma um comunicado.

Ásia-Pacífico

O presidente da China, Xi Jinping, expressou sua "compaixão e simpatia" por Trump, afirma um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, afirmou estar "profundamente preocupado" pelo atentado contra Trump. "Eu condeno veementemente o incidente. A violência não tem lugar em democracias. Eu desejo a ele uma recuperação rápida", acrescentou.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, se manifestou contra ataques políticos, dizendo que "devemos nos manter firmes contra qualquer forma de violência que desafie a democracia."

O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, ofereceu suas "sinceras condolências" às vítimas do ataque. "A violência política de todo tipo nunca é aceitável em nossas democracias", disse.

Anthony Albanese, da Austrália, descreveu o tiroteio como "preocupante e perturbador", expressando seu alívio pelo fato de Trump estar seguro. "Não há lugar para a violência no processo democrático", disse o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro da Nova Zelândia, Chris Luxon, ecoou essas opiniões, escrevendo "nenhum país deve enfrentar tal violência política."

Oriente Médio

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que ele e sua esposa Sara "ficaram chocados com o aparente ataque ao Presidente Trump". "Rezamos pela sua segurança e rápida recuperação", disse Netanyahu.

O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, espera que a "campanha eleitoral continue em uma atmosfera pacífica e saudável, livre de manifestações de terrorismo, violência ou ódio."

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEleições EUA 2024Atentado contra Trump

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'