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Líderes mundiais analisam crise norte-coreana na ONU

Nunca antes a ameaça norte-corana pesou tanto no encontro anual de líderes mundiais, divididos sobre a melhor maneira de enfrentar o isolado regime de Kim

ONU: ao inaugurar a Assembleia Geral, o secretário-geral da ONU alertou que "a retórica agressiva" pode iniciar uma guerra nuclear (KCNA/Reuters)

ONU: ao inaugurar a Assembleia Geral, o secretário-geral da ONU alertou que "a retórica agressiva" pode iniciar uma guerra nuclear (KCNA/Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de setembro de 2017 às 10h58.

A ONU discute nesta quinta-feira (21) a ameaça nuclear da Coreia do Norte com reuniões entre Donald Trump e os líderes do Japão e da Coreia do Sul, além de uma sessão do Conselho de Segurança para promover a aplicação das sanções impostas a Pyongyang.

O presidente americano conversará com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e com o líder sul-coreano, Moon Jae-In, para avaliar as opções de que dispõem.

Em seu primeiro discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas na terça (19), Trump ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte em caso de ataque.

Moon também discursará no plenário para pedir à comunidade internacional apoio frente ao hostil vizinho do norte.

Nunca antes a ameaça norte-corana pesou tanto no encontro anual de líderes mundiais, divididos sobre a melhor maneira de enfrentar o isolado regime de Kim Jong-un, apesar de, em agosto e setembro, terem conseguido adotar por unanimidade novas sanções contra a Coreia do Norte.

O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, e seu colega russo, Sergei Lavrov, que também falarão na Assembleia, fizeram um apelo ao diálogo e alertaram que uma opção militar seria catastrófica.

Em seu discurso na quarta-feira (20), Abe apoiou a posição dos Estados Unidos de que "todas as opções estão sobre a mesa" para dissuadir Kim.

Ameaças militares como tática

No Conselho de Segurança, o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, defenderá a implementação completa das sanções internacionais adotadas contra Pyongyang.

Uma oitava bateria de sanções foi aprovada em 12 de setembro, proibindo as exportações de têxteis e reduzindo o fornecimento de petróleo para a Coreia do Norte.

Washington e seus aliados esperam que essas sanções obriguem Pyongyang a negociar o fim de seus programa militares, mas seu impacto dependerá da China, aliado da Coreia do Norte e principal sócio econômico desse país.

Já Moscou e Pequim propuseram uma dupla moratória: sobre os testes norte-coreanos e sobre os exercícios militares de Estados Unidos e Coreia do Sul.

Ao inaugurar a Assembleia Geral, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, alertou que "a retórica agressiva pode conduzir a mal-entendidos fatais e iniciar uma guerra nuclear".

No sábado (23), Guterres deve se reunir com o chanceler norte-coreano, Ri Yong-Ho, à margem da Assembleia, em busca da adesão ao diálogo.

O ministro Ri, que falará ao plenário nesta sexta, chamou as ameaças de Trump de "latido de cachorro" e disse que não terão qualquer impacto.

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