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Líderes já discutem possível sucessor de Strauss-Kahn

Alguns países europeus defendem que o cargo deve permanecer com o continente, mas cresce apoio a candidatos de emergentes

Christine Lagarde, ministra das Finanças francesa, é mencionada como possível substituta de Strauss-Khan (Julien M. Hekimian/Getty Images)

Christine Lagarde, ministra das Finanças francesa, é mencionada como possível substituta de Strauss-Khan (Julien M. Hekimian/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 13h26.

Berlim - Dominique Strauss-Kahn, o chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), pode ser forçado a deixar o posto após a acusação de crime sexual.

Veja abaixo uma lista de potenciais candidatos a sucedê-lo se isso realmente ocorrer. O cargo tem ficado, tradicionalmente, com um europeu, mas há pressões crescentes para que se considere um candidato de um país em desenvolvimento.

A chanceler alemã, Angela Merkel, sinalizou, no entanto, que preferiria outro europeu à frente do FMI, que se envolveu pesadamente com socorros a países da zona do euro como Grécia, Irlanda e Portugal.

Kemal Dervis (Turquia) Visto como um importante candidato se o posto for para um não-europeu, Dervis leva o crédito de tirar a Turquia da beira do precipício após a crise financeira de 2001 ao liderar pesadas reformas e ajudar a assegurar um pacote de socorro com o FMI.

É atualmente vice-presidente e diretor do programa de Economia Global e Desenvolvimento do Brookings Institution.

Christine Lagarde (França) Se o posto continuar com um europeu, a ministra francesa de Finanças parece ser a principal candidata. Lagarde ganhou o respeito dos mercados durante a crise financeira global e foi eleita a melhor ministra de Finanças da Europa pelo Financial Times em 2009.

Conta contra ela a nacionalidade. Um francês liderou o FMI por 26 dos últimos 33 anos e o constrangimento com Strauss-Kahn pode tornar difícil para Paris argumentar que deve continuar com o posto.

Trevor Manuel (Áfrida do Sul) Manuel é bem respeitado nos círculos financeiros globais, tendo atuado como ministro de Finanças da África do Sul entre 1996 e 2009.

Agustin Carstens(México) Carstens tornou-se presidente do Banco do México em janeiro do ano passado, depois de ter atuado como economista-chefe da instituição. Contra ele pesa o fato de ser das Américas --Robert Zoellick, dos Estados Unidos, já chefia o Banco Mundial e outros países podem não querer autoridades da mesma parte do mundo liderando os dois organismos.

Montek Singh Ahluwlia (Índia) Ahluwalia é um influente conselheiro econômico do primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, e tem sido uma figura central das reformas econômicas do país a partir de meados de 1980. Pesa contra sua candidatura a idade, de 67 anos.

Stanley Fischer (EUA/Israel) Fischer conhece bem o FMI, tendo sido primeiro-vice-diretor-gerente de 1994 a 2001. Atua como presidente do banco central de Israel desde 2005, adotando cidadania israelense para ocupar o posto, mas mantém o passaporte norte-americano. Pesa contra sua candidatura a idade, também de 67 anos, e o fato de outro norte-americano liderar o Banco Mundial.

Mohamed El-Erian (EUA/Egito/França) El-Erian é presidente-executivo da Pimco, maior investidor mundial em bônus. Especialista em dívida de mercados emergentes, trabalhou no FMI por 15 anos.

Seu nome tem sido aventado como possível candidato ao FMI, mas seus comentários sobre a crise de dívida da zona do euro podem torná-lo inaceitável pelos europeus. Ele criticou abertamente os esforços para resgatar a Grécia.

Peer Steinbrueck (Alemanha) Apesar de vir do partido rival, Steinbrueck desenvolveu uma relação próxima com a chanceler Angela Merkel em seu primeiro mandato, liderando a resposta do governo à crise financeira global.

Axel Weber (Alemanha) Weber chocou a Europa ao anunciar em fevereiro que deixaria o posto de chefe do banco central alemão e não seria candidato à presidência do Banco Central Europeu (BCE). Economista de primeira linha, ele anunciou planos de lecionar na Universidade de Chicago no próximo ano.

Gordon Brown (Grã-Bretanha) O ex-primeiro-ministro e ministro de Finanças é visto há tempos como um candidato ao FMI ou a outro posto financeiro internacional, mas seu sucessor, David Cameron, avaliou que ele não seria o homem certo para o cargo, acrescentando que o avanço de Índia e China significaria que chegou o momento de olhar além da Europa.

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