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Líderes de revolução em Hong Kong são condenados à prisão

Joshua Wong, Nathan Law e Alex Chow receberam sentenças de seis, oito e sete meses de reclusão, respectivamente, em um julgamento em apelação

Nathan Law, Joshua Wong e Alex Chow, líderes da Revolução em Hong Kong (Anthony Wallace/AFP)

Nathan Law, Joshua Wong e Alex Chow, líderes da Revolução em Hong Kong (Anthony Wallace/AFP)

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AFP

Publicado em 17 de agosto de 2017 às 09h38.

Três líderes do movimento pró-democracia que mobilizou milhares de jovens em Hong Kong em 2014 foram condenados nesta quinta-feira a penas de prisão por seu papel na chamada "Revolução dos Guarda-Chuvas".

Joshua Wong, Nathan Law e Alex Chow receberam sentenças de seis, oito e sete meses de reclusão, respectivamente, em um julgamento em apelação.

Para seus seguidores, as condenações são uma prova adicional do controle ferrenho que a China exerce sobre a ex-colônia britânica, retrocedida a Pequim em 1997.

A Promotoria levou o caso ao tribunal por considerar que as condenações em primeira instância eram muito benevolentes.

Em agosto de 2016, Wong e Law foram condenados a trabalhos de interesse geral e Chow a três semanas de prisão, mas com suspensão condicional da pena.

O tribunal julgou o trio por seu papel um protesto, considerado ilegal, em 26 de setembro de 2014. Naquela data, os manifestantes escalaram cercas de metal para entrar na Civic Square, uma praça que fica em um complexo governamental.

A ação desencadeou manifestações ainda maiores e, dois dias depois, teve início o grande movimento pró-democracia durante o qual a polícia usou gás lacrimogêneo contra a multidão, que se protegeu com a ajuda de guarda-chuvas.

Durante mais de dois meses, centenas de milhares de cidadãos de Hong Kong paralisaram bairros inteiros da megalópole para reclamar a instauração de um verdadeiro sufrágio universal a Pequim, que não cedeu aos protestos.

Segundo os termos do acordo China-Grã-Bretanha sobre a devolução de Hong Kong a Pequim, a cidade goza de mais liberdades que o restante do Estado asiático em consequência do princípio "um país, dois sistemas", em tese até 2047.

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