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Líderes chineses reafirmam empenho para combater a inflação

Conferência de Trabalho Econômico Central, encabeçada pelo presidente Hu Jintao, reafirmou uma guinada para uma política monetária "prudente"

A mudança de estratégia deve levar a aumentos das taxas de juros e maiores restrições a empréstimos, dizem analistas (Wikimedia Commons/EXAME.com)

A mudança de estratégia deve levar a aumentos das taxas de juros e maiores restrições a empréstimos, dizem analistas (Wikimedia Commons/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2010 às 11h30.

Pequim - A China vai ampliar seu empenho de combate à inflação em 2011, ao mesmo tempo em que continua a reestruturação econômica para sustentar o crescimento robusto, disse a mídia oficial no domingo, depois do fechamento da conferência anual de definição de políticas econômicas.

A Conferência de Trabalho Econômico Central, encabeçada pelo presidente Hu Jintao, reafirmou uma guinada para uma política monetária "prudente." Semana passada, a política tinha sido definida como "apropriadamente flexível" pelo governo do Partido Comunista.

A mudança de estratégia, aliada à apreensão com a inflação, deve levar a aumentos mais agressivos das taxas de juros e maiores restrições a empréstimos, dizem analistas.

"A prioridade é controlar adequada e ativamente a relação entre a manutenção do crescimento econômico relativamente rápido e estável, a reestruturação econômica e as expectativas de inflação," disse a mídia oficial, citando uma declaração da conferência.

"A reestruturação econômica estratégica será acelerada e níveis de preços estabilizadores terão posição proeminente."

Pequim está tentando promover o consumo doméstico a fim de reduzir a dependência das exportações.

A liderança prometeu estabelecer um teto para a liquidez no sistema bancário, alimentado por fluxos de capital crescentes, e direcionar mais empréstimos para a economia real, de acordo com a mídia oficial.

A inflação da China disparou em números superiores às previsões, atingindo a maior alta em 28 meses em novembro e mostrando sinais de que não se restringe aos preços de alimentos, aumentando a pressão para que o governo adote políticas mais rigorosas.

Outros índices econômicos em pauta no sábado devem ter dado ao governo chinês a confiança para intensificar os controles, uma vez que os sinais indicam um impulso de crescimento impressionante na segunda maior economia do mundo.

Na sexta-feira, o banco central aumentou os depósitos compulsórios dos bancos terceira vez em um mês para aparar os excessos de capital na economia. A alta da inflação sugeriu que uma ação mais resoluta era necessária.

"As atuais medidas de controles macros são um pouco relaxadas. A chave é observar como serão implementadas no começo do ano que vem," disse Dong Xian'an, economista-chefe da Industrial Securities, em Pequim.

Iuan estável

A China vai adotar medidas para controlar o débito local do governo, um legado dos planos de estímulo massivos estabelecidos no final de 2008 para conter a crise mundial.

A conferência também determinou que os preços de compra do governo para grãos aumentarão, com o objetivo de estimular os agricultores a continuar a plantar lavouras estratégicas.

Depois de vários anos de colheitas robustas, planejadores temem que não haja mais espaço para aumentar os resultados do plantio.

Os líderes chineses reiteraram sua política de manter o iuan "basicamente estável" no ano que vem.

"Vamos melhorar o mecanismo de formação da taxa de câmbio e manter a taxa do iuan basicamente estável em um nível razoável e equilibrado," disse a mídia oficial.

Pequim vem sendo pressionada internacionalmente para que permita que o iuan se valorize mais rapidamente, equilibrando a economia mundial.

O iuan subiu 2,4 por cento desde sua desvinculação com o dólar em meados de junho.

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