Morte da Rainha: Na Casa Branca, assim que o anúncio foi feito, a secretária de imprensa, Karine Jean-Pierre, lamentou a notícia (AFP/AFP)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de setembro de 2022 às 16h18.
Última atualização em 8 de setembro de 2022 às 16h19.
Autoridades de diferentes países e organizações lamentaram publicamente a morte da Rainha Elizabeth II, confirmada pelo Palácio de Buckingham nesta quarta-feira, 8. A monarca teve o reinado mais longo da história britânica e morreu aos 96 anos.
Primeiro-ministro do Canadá, onde a rainha atuava como chefe de Estado, Justin Trudeau disse enviar seus melhores desejos para a família real. "Meus pensamentos e os pensamentos dos canadenses em todo o país estão com Sua Majestade a Rainha Elizabeth II neste momento."
"Sua Majestade a Rainha Elizabeth II incorporou a continuidade e a unidade da nação britânica por mais de 70 anos", escreveu o presidente da França, Emmanuel Macron, pelas redes sociais. "Lembro-me dela como uma amiga da França, uma rainha de bom coração que deixou uma impressão duradoura em seu país e em seu século."
Na Itália, o presidente Sergio Mattarella destacou a figura "excepcional" da monarca. O líder escreveu que ela será lembrada a sabedoria e "o altíssimo sentido de responsabilidade, expresso sobretudo na generosidade de espírito com que a Soberana consagrou a sua longa vida ao serviço dos cidadãos britânicos e da maior família da Commonwealth".
Já o presidente da Comissão Europeia, Charles Michel, afirmou que seus pensamentos estão com a família real e com os que choram pela Rainha Elizabeth no Reino Unido e ao redor do mundo. "Uma vez chamada Elizabeth, a Firme, ela nunca deixou de nos mostrar a importância de valores duradouros em um mundo moderno com seu serviço e compromisso."
Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres disse estar profundamente triste com a notícia da rainha, "admirada mundialmente por sua liderança e devoção". "Ela era uma boa amiga da ONU e uma presença tranquilizadora durante décadas de mudança. Sua dedicação inabalável e ao longo da vida será lembrada por muito tempo."
Presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde disse que Elizabeth II tem sido um "farol de estabilidade" que mostrou um "senso de dever infalível" durante seu reinado de 70 anos.
Na Casa Branca, assim que o anúncio foi feito, a secretária de imprensa, Karine Jean-Pierre, lamentou a notícia. O presidente Joe Biden faria discurso sobre vacinas para covid-19 nesta tarde mas cancelou o evento.
A morte da Rainha Elizabeth II, aos 96 anos, é manchete nos principais jornais dos Estados Unidos como The New York Times, The Wall Street Journal e o The Washington Post e também em agências de notícias internacionais. Um ponto em comum enfatizado pelos veículos norte-americanos é o fato de a monarca ter sido um "símbolo de estabilidade" em meio a um mundo cheio de mudanças. Além disso, as coberturas vêm acompanhada de lives, com comentários em tempo real sobre a partida da majestade.
O New York Times chama atenção para a duração do governo de Elizabeth II, por sete décadas, no mais longo reinado registrado na Inglaterra e o segundo maior da história mundial. A notícia de sua morte vem acompanhada de uma série de fotos dos 70 anos de seu reinado. A publicação destaca que sua gestão foi marcada por anos de turbulência e escândalos familiares, nos quais tentou manter os laços da família real em meio a um mundo de valores em plena mudança.
Já o Wall Street Journal noticia a morte da monarca lembrando que ela alçou o posto ainda quando Winston Churchill era primeiro-ministro e o país estava se recuperando da Segunda Guerra Mundial. Também enfatiza o fato de a rainha ter sido um "símbolo de estabilidade" em uma "era de mudanças radicais".
Por sua vez, o Washington Post afirma que "por sete décadas, a Rainha Elizabeth foi um símbolo de estabilidade na Grã-Bretanha e no cenário mundial". Tais mudanças, conforme o periódico, se deram no campo geopolítico, na tecnologia, na cultura e ainda nas percepções da família real.
Agências internacionais também dão destaque à morte da monarca. A Bloomberg afirma que "Charles se torna rei da Inglaterra à medida que o rosto de uma nação muda". Já a Reuters lembra que a eleição de seu filho, de 73 anos, é automática, tornando-se rei do Reino Unido e chefe de Estado de 14 outras nações, incluindo Austrália, Canadá e Nova Zelândia.
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