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Líderes africanos criam força militar de emergência

Força de reação rápida deverá lidar com emergências regionais, buscando tornar a segurança do continente menos dependente de fundos e contingentes externos


	Comboio de veículos franceses faz patrulha no Mali: decisão atende aos apelos de vários líderes preocupados com os diversos conflitos e rebeliões em curso
 (Pascal Guyot/AFP)

Comboio de veículos franceses faz patrulha no Mali: decisão atende aos apelos de vários líderes preocupados com os diversos conflitos e rebeliões em curso (Pascal Guyot/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2013 às 10h45.

Adis Abeba - Líderes africanos decidiram nesta segunda-feira criar imediatamente uma força militar de reação rápida para lidar com emergências regionais, buscando tornar a segurança do continente menos dependente dos fundos e contingentes de outras origens.

A decisão, tomada em uma cúpula da União Africana na Etiópia, atende aos apelos de vários líderes preocupados com os diversos conflitos e rebeliões em curso na África.

Os planos para uma Força Africana de Prontidão já existem há mais de uma década, e os sucessivos adiamentos na sua criação geram críticas de que o continente depende em excesso da ajuda da ONU e de doadores ocidentais.

O texto adotado pela Assembleia da UA, ao qual a Reuters teve acesso, disse que a força de reação rápida será formada com contribuições voluntárias de soldados, equipamentos e verbas a serem feitas por países africanos que estiverem em condições para isso.

A iniciativa está sendo chamada de Capacidade Africana para a Resposta Imediata a Crises (Caric), e seria uma solução provisória até a formação definitiva da Força de Prontidão.

Entre os desafios de segurança enfrentados nos últimos dois anos pela UA estão os golpes militares da Guiné-Bissau e Mali, as ofensivas de grupos militantes islâmicos no Mali e Nigéria, e conflitos envolvendo rebeldes no leste da República Democrática do Congo e da República Centro-Africana.

No começo deste ano, a França interveio militarmente no Mali, ex-colônia sua, para impedir o avanço de rebeldes islâmicos, numa ação que causou constrangimento à UA, por demonstrar sua incapacidade de defesa própria.

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