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Líder talibã ordena preparação para "ataque final"

Além disso, o mulá Mansur assegurou que os talibãs estão unidos e que "a cada dia que passa, ficam mais fortes"


	Talibã: o anúncio de Mansur acontece em um momento no qual o governo tenta reviver o diálogo com os insurgentes
 (Noorullah Shirzada / AFP)

Talibã: o anúncio de Mansur acontece em um momento no qual o governo tenta reviver o diálogo com os insurgentes (Noorullah Shirzada / AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2016 às 09h21.

Cabul - O líder dos talibãs, o mulá Mansur, ordenou a seus combatentes que se preparem para "o ataque final" contra o "inimigo" no Afeganistão, em um momento no qual o governo afegão procura iniciar um diálogo de paz com os insurgentes.

"Esperamos que a ajuda de Deus, nossa grande fé (...) e a alta moral existente nos prepare para o ataque final contra o inimigo", afirmou Mansur em relação à guerra contra as tropas do governo afegão e estrangeiras desdobradas no país em comunicado divulgado nesta quinta-feira.

Além disso, o mulá Mansur assegurou que os talibãs estão unidos e que "a cada dia que passa, ficam mais fortes" e qualificou de "propaganda do inimigo" a informação de que haveria lutas internas pela liderança do grupo insurgente.

Essas divisões surgiram em julho, quando se soube que o líder anterior dos talibãs, o mulá Omar, tinha morrido em 2013.

Após esse anúncio, surgiram disputas sobre a liderança no seio dos talibãs, que deu lugar a enfrentamentos armados entre diferentes facções.

O anúncio de Mansur acontece em um momento no qual o governo tenta reviver o diálogo com os insurgentes do país que acabou sendo interrompido justamente após o anúncio da morte do mulá Omar.

Agora o G4, grupo formado por Afeganistão, Estados Unidos, China e Paquistão, procura retomar esse diálogo.

O líder insurgente insistiu na nota que a situação dos talibãs está "melhor do que nunca", devido às "conquistas" alcançadas no ano passado e por aquelas que ainda estão por vir.

Na atualidade, os talibãs controlam quase um terço do território afegão, a maior extensão sob seu domínio desde a queda do regime talibã pela invasão americana em 2001, segundo um recente relatório do Inspetor Especial Geral para a Reconstrução do Afeganistão dos EUA (Sigar, sigla em inglês).

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