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Líder supremo do Irã proíbe negociações com Estados Unidos

"Eles só tem um objetivo: se infiltrarem no Irã. Só querem abrir o caminho para se imporem no nosso país", afirmou Khamenei


	O guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei: o líder disse que negociar com outros governos "que não têm a motivação que os EUA têm contra o Irã" é algo "distinto"
 (AFP)

O guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei: o líder disse que negociar com outros governos "que não têm a motivação que os EUA têm contra o Irã" é algo "distinto" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2015 às 10h32.

Teerã - O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, proibiu nesta quarta-feira qualquer negociação com os Estados Unidos, ao afirmar que o diálogo com os americanos não oferece nenhuma vantagem ao país.

Segundo a agência oficial iraniana "Irna", Khamenei, maior figura política e religiosa do país, deu as declarações durante uma reunião com altos oficiais dos Guardiões da Revolução e criticou a atitude "relaxada e excessivamente permissiva" de grupos dentro do Irã que defendem o diálogo com os EUA.

"Há um motivo para nossa objeção a negociar com os EUA. Eles só tem um objetivo: se infiltrarem no Irã. Só querem abrir o caminho para se imporem no nosso país", afirmou Khamenei.

O líder destacou que nas negociações entre o Irã e os países do Grupo 5+1 (EUA, França, China, Rússia, Reino Unido e Alemanha) sobre o programa nuclear da República Islâmica, os americanos tentaram "se infiltrar em todos os lugares em que foram capazes".

"Graças a Deus, a equipe iraniana foi suficientemente vigilante, mas, mesmo assim, em certos momentos e de alguns modos, eles tentaram ter oportunidades e se movimentaram contra os nossos interesses", afirmou.

No entanto, Khamenei disse que negociar com outros governos "que não têm a motivação que os EUA têm contra o Irã" é algo "distinto".

As declarações do líder ocorrem no mesmo dia que a revista americana "New Yorker" publicou uma longa entrevista com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, na qual ele afirma que o acordo nuclear foi aplicado "de boa fé" e isso poderia abrir o caminho para que o país tratasse de outros temas com os EUA.

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