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Líder sudanês desafia ordem de prisão e sai da África do Sul

Bashir, que participava de cúpula da União Africana na África do Sul, foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e contra a humanidade


	A África do Sul é signatária do TPI e por isso obrigada a executar mandados de prisão, mas, no domingo, o partido governista Congresso Nacional Africano acusou o tribunal sediado em Haia de ter preconceito conta africanos
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A África do Sul é signatária do TPI e por isso obrigada a executar mandados de prisão, mas, no domingo, o partido governista Congresso Nacional Africano acusou o tribunal sediado em Haia de ter preconceito conta africanos (.)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2015 às 10h58.

Pretória - O presidente do Sudão, Omar al-Bashir, deixou a África do Sul, informou um ministro sudanês nesta segunda-feira, desafiando a ordem de um tribunal de Pretória que o obrigava a permanecer no país até que a instância julgue um pedido de prisão do líder.

Bashir, que participava de uma cúpula da União Africana na África do Sul, foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

A África do Sul é signatária do TPI e por isso obrigada a executar mandados de prisão, mas, no domingo, o partido governista Congresso Nacional Africano (CNA) acusou o tribunal sediado em Haia de ter preconceito conta africanos e disse a corte “não é mais útil”.

No mesmo dia, o juiz Hans Fabricius proibiu Bashir de partir da África do Sul até arbitrar sobre a petição, e pediu ao governo que informasse todos os pontos de saída para não permitir a saída do veterano líder sudanês.

Entretanto, o ministro de Estado do Sudão, Yasser Youssef, declarou à Reuters que Bashir deixou a África do Sul e que deve chegar à capital de seu país, Cartum, perto das 18h30 (12h30 no horário de Brasília).

O gabinete de Zuma concedeu imunidade a Bashir e a outros delegados presentes à cúpula da União Africana. O TPI emitiu mandados de prisão para Bashir em 2009 e 2010, acusando-o de ser o mentor de um genocídio e de outras atrocidades em sua campanha para acabar com a revolta na região de Darfur.

Há tempos ele vem rejeitando a autoridade do tribunal. O conflito em Darfur deixou cerca de 300 mil mortos e dois milhões de desabrigados, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

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