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Líder separatista acusa Kiev de se preparar para guerra

Líder pró-Rússia advertiu que caso que o diálogo com as autoridades ucranianas não dê frutos as milícias atuarão com "meios militares"


	Conflitos: líder pró-Rússia advertiu que caso que o diálogo com as autoridades ucranianas não dê frutos as milícias atuarão com "meios militares"
 (AFP/ Andre Borodulin)

Conflitos: líder pró-Rússia advertiu que caso que o diálogo com as autoridades ucranianas não dê frutos as milícias atuarão com "meios militares" (AFP/ Andre Borodulin)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2015 às 10h05.

Donetsk - O líder da autoproclamada república popular de Donetsk (RPD), Aleksandr Zakharchenko, afirmou nesta sexta-feira que as autoridades de Kiev se preparam para retomar a guerra no leste da Ucrânia.

"Na Ucrânia acontece uma nova mobilização, o que confirma indiretamente que Kiev não quer a paz. Estão aumentado o músculo militar e se preparam para uma solução de força ao conflito", disse Zakharchenko, citado pela portal oficial da RPD.

O líder pró-Rússia advertiu que caso que o diálogo com as autoridades ucranianas não dê frutos as milícias atuarão com "meios militares".

Segundo Zakharchenko, a Ucrânia concentrou mais de 30 mil homens na linha de separação de forças e seus militares se preparam para atacar a cidade de Donetsk, assim como as posições das milícias no sul da região homônima.

O representante da RPD nas negociações de paz, Denis Pushilin, advertiu hoje da fragilidade da trégua na zona do conflito.

"A possibilidade de em qualquer momento haver escalada do conflito é muito elevada", disse.

Pelo menos três milicianos pró-Rússia morreram e outros seis ficaram feridos nas últimas 24 horas no leste da Ucrânia por causa de ataques de tropas do governo de Kiev, informou hoje o comando das milícias da RPD.

Já o comando militar ucraniano acusou as milícias de violarem a trégua 49 vezes no mesmo período e que pelo menos em oito delas os rebeldes usaram artilharia pesada, que segundo os acordos de Minsk deveria ter sido afastada da linha de separação de forças.

Apesar da trégua, Kiev e os milicianos pró-Rússia se acusam todos os dias de contínuas violações do cessar-fogo.

Mais de seis mil pessoas, entre combatentes e civis, morreram no leste da Ucrânia nos 11 meses que dura o conflito, segundo o último relatório da ONU.

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