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Líder do PSDB pede `assepsia na Casa Civil´

Deputado João Almeida criticou gestão do ministério e disse que estrutura montada por José Dirceu permanece

O líder do PSDB na Câmara, João Almeida, durante entrevista em que criticou a Casa Civil (Divulgação)

O líder do PSDB na Câmara, João Almeida, durante entrevista em que criticou a Casa Civil (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Brasília - O líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), alertou hoje que "não é suficiente" a demissão da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, para dar uma resposta à sociedade sobre as denúncias de tráfico de influência no governo. "É o mínimo que o governo poderia fazer, mas ainda é pouco".

O tucano também quer celeridade e o aprofundamento das investigações da Polícia Federal e do Ministério Público. Numa amplificação das recentes declarações de José Serra (PSDB) - de que a Casa Civil tornou-se um "centro de maracutaias" - Almeida cobrou uma "assepsia na Casa Civil", que para ele se transformou num "laboratório de crimes, inclusive eleitorais".

O tucano acusa o governo Lula de não desmontar a estrutura que teria sido montada na Casa Civil pelo então ministro José Dirceu que deixou o cargo após as denúncias de envolvimento no mensalão e hoje é réu na ação penal em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). "O biombo permaneceu lá, foi de lá (Casa Civil) que Dilma e Erenice comandaram o dossiê dos cartões corporativos contra a dona Ruth Cardoso", acusou.

Para Almeida, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, não tem como se desvincular das denúncias contra Erenice, que se firmou como sua principal auxiliar quando assumiu o comando da Casa Civil, em 2005, depois da saída de Dirceu. "Dilma não pode negar que Erenice foi uma escolha dela", destacou.

João Almeida preferiu não arriscar qualquer previsão sobre o impacto da demissão de Erenice na campanha eleitoral. Nos bastidores, o comando da campanha de José Serra espera que a proximidade de Dilma e Erenice fique clara para o eleitor e tenha força de empurrar a eleição para o segundo turno.

Mas, até agora a sucessão de escândalos das últimas semanas - a violação de sigilo fiscais na Receita Federal e as denúncias de lobby na Casa Civil - não refletiu nas pesquisas de opinião. Levantamento do Datafolha divulgado hoje mostra que Dilma se mantém na liderança da disputa com 51% das intenções de votos - 24 pontos à frente de Serra.

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