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Líder palestino preso convoca resistência armada

Membro destacado do grupo Fatah que se encontra preso em Israel pediu ao presidente e dirigentes palestinos que apoiem a resistência armada

Mural com desenho de Marwan Barghuti, líder do partido Fatah, entre Jerusalém e Ramala (JAAFAR ASHTIYEH/AFP)

Mural com desenho de Marwan Barghuti, líder do partido Fatah, entre Jerusalém e Ramala (JAAFAR ASHTIYEH/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2014 às 11h48.

Ramala - Marwan Barguthi, membro destacado do grupo Fatah que se encontra preso em Israel, pediu ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, e aos dirigentes palestinos que apoiem a resistência armada, em carta publicada em um contexto de intensificação da violência.

Na carta escrita na prisão, onde se encontra desde 2002, e publicada por ocasião do décimo aniversário da morte de Yasser Arafat, Barguthi considera que "continuar com a resistência global e armada é manter-se fiel à herança de Arafat, a suas ideias e seus princípios, pelos quais morreram dezenas de milhares de mártires".

Barguthi é um adversário de peso do presidente Abbas, cuja autoridade é discutida tanto nos territórios palestinos como em Israel.

As pesquisas geralmente apontam Barguthi como vencedor em caso de uma eleição presidencial palestina.

"Se torna imperativo considerar de novo a resistência como um meio para vencer o ocupante israelense", escreveu ainda Barguthi, condenado a quatro penas de prisão perpétua por dirigir principalmente a segunda Intifada (2000-2005).

O fantasma de um novo levante palestino percorre nas últimas semanas Jerusalém, Cisjordânia e as grandes cidades árabes de Israel.

Em um contexto de intensificação da violência entre palestinos e policiais israelenses, Barguthi pediu à Autoridade Palestina que adote medidas de pressão já anunciadas por Abbas, mas jamais colocadas em prática.

"A Autoridade Palestina deve acabar imediatamente com a cooperação em termos de segurança, que fortalece o ocupante", assinalou o líder palestino preso, para quem "o assassinato do presidente Yasser Arafat foi uma decisão oficial israelense-americana".

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