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Líder opositor de Bangladesh é condenado à morte por guerra

Mohamad Kamaruzaman foi condenado por crimes cometidos durante guerra de independência do país em 1971


	Carro da Unicef nas ruas de Madhabpur na guerra indo-paquistanesa de 1971: ele é o terceiro político condenado pelo Tribunal Internacional de Crimes (TCI) com sede em Dacca
 (AFP)

Carro da Unicef nas ruas de Madhabpur na guerra indo-paquistanesa de 1971: ele é o terceiro político condenado pelo Tribunal Internacional de Crimes (TCI) com sede em Dacca (AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2013 às 09h28.

Dacca - Um líder opositor islamita de Bangladesh, Mohamad Kamaruzaman, secretário adjunto do partido Jamaat-e-Islami, foi condenado à morte nesta quinta-feira por crimes de guerra.

"Foi condenado à forca por acusações, que incluem genocídio, de crimes cometidos durante a guerra de independência de Bangladesh em 1971", afirmou o procurador-geral Mahbubey Alam.

Mohamad Kamaruzaman é o terceiro político condenado pelo Tribunal Internacional de Crimes (TCI) com sede em Dacca.

Kamaruzzaman foi considerado culpado de genocídio pela execução de pelo menos 120 camponeses desarmados no vilarejo de Sohagpur, norte de Bangladesh, conhecida desde então como a "aldeia das viúvas".

O TCI, criado em março de 2010 para investigar e julgar os crimes cometidos durante a guerra de independência, é um tribunal controverso, já que apesar do nome não está supervisionado por nenhuma instância internacional.

Desde a criação, o TCI indiciou 12 pessoas e divulgou duas penas de morte.

Desde o primeiro veredicto em 21 de janeiro, mais de 100 pessoas morreram em confrontos entre as forças de segurança e membros do partido islamita Jamaat-e-Islami, que acusa o governo de ter criado o tribunal com objetivos políticos, pois a maioria dos acusados pertence à oposição.

Segundo o governo, na guerra de 1971 - ao final da qual a província do Paquistão Oriental conquistou a independência e virou Bangladesh - morreram três milhões de pessoas.

Instituições independentes, no entanto, consideram que na guerra morreram entre 30.000 e 50.000 pessoas.

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