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Líder opositor de Bahrein é absolvido de acusações de espionagem

Apesar da absolvição, Salman, líder do partido Al Wefaq, vai continuar na prisão até dezembro para cumprir pena de quatro anos

Seque: Salman foi condenado por participar de protestos ilegais, insultar o ministro do Interior e incitar o ódio sectário (Reprodução/Wikimedia Commons)

Seque: Salman foi condenado por participar de protestos ilegais, insultar o ministro do Interior e incitar o ódio sectário (Reprodução/Wikimedia Commons)

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EFE

Publicado em 21 de junho de 2018 às 09h15.

Manama - Um tribunal penal do Bahrein absolveu nesta quinta-feira o xeque Ali Salman, o principal líder da oposição do país, pela acusação de espionagem a favor do Catar, um caso que gerou protestos no país no ano passado, segundo informaram fontes da defesa.

Apesar da absolvição, Salman, líder do partido Al Wefaq, vai continuar na prisão até dezembro próximo para cumprir uma pena de quatro anos, na qual foi condenado por participar de protestos ilegais, por insultar o ministro do Interior e incitar o ódio sectário.

Um representante do Instituto de Direitos e Democracia do Bahrein (BIRD), Sayed Ahmed al Wadaei, expressou em comunicado que "nunca" o xeque Salman deveria ter sido acusado de espionagem, fato com o qual as autoridades de Manama o usaram como "peão no jogo da política de poder do Bahrein".

A acusação de espionagem foi formulada em pleno auge da crise diplomática entre vários países árabes, entre eles Bahrein, contra Catar.

O xeque Salman é considerado o líder político opositor mais proeminente do país que está preso, da mesma forma que outros famosos ativistas e defensores dos direitos humanos.

Bahrein reprimiu todas as vozes críticas desde a explosão de protestos em 2011, que foram lideradas pela maioria xiita do país, a qual se sente discriminada por parte da monarquia sunita.

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