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Líder muçulmano pede boicote à Starbucks por visão pró-LGBT

Ele diz que o posicionamento pró-gay da rede internacional de cafés arrisca destruir o núcleo "religioso e cultural" do país do sudeste asiático

Frappuccino Unicórnio da Starbucks (Starbucks/divulgação/Divulgação)

Frappuccino Unicórnio da Starbucks (Starbucks/divulgação/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 1 de julho de 2017 às 17h54.

Um líder da segunda maior organização muçulmana da Indonésia pediu um boicote ao Starbucks, dizendo que o posicionamento pró-gay da rede internacional de cafés arrisca destruir o núcleo "religioso e cultural" do país do sudeste asiático.

Com exceção da província ultra-conversadora de Aceh, a homossexualidade é legal na Indonésia. Mas operações policiais contra a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) têm aumentado no país muçulmano mais populoso do mundo.

Anwar Abbas, da Muhammadiyah, uma organização que possui cerca de 30 milhões de membros, disse que o governo deve revogar a licença de operação do Starbucks no país, à medida que o apoio da companhia à comunidade LGBT não está "em linha" com a ideologia do país.

"Se o Starbucks só realizasse negócios, então tudo bem. Mas não tragam ideologia para cá", disse Abbas à Reuters por telefone neste sábado.

A PT Sari Cofee Indonesia, que possui a licença para administrar a rede Starbucks, é uma entidade legal que "sempre obedece as regulações existentes e aprecia os valores culturais na Indonésia", disse um executivo da matriz.

"Nós também valorizamos o histórico religioso de nossos consumidores e funcionários", disse Fetty Kwartati, diretor da PT MAP Boga Adiperkasa Tbk, em mensagem de texto.

A reputação da Indonésia por tolerância e pluralismo está sempre sob escrutínio, após o governador de Jacarta, Basuki Tjahaja Purnama, de etnia chinesa-cristã, ser sentenciado em maio a dois anos de prisão por blasfêmia, em um julgamento que ocorreu após manifestações em massa lideradas por islâmicos no ano passado.

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