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Líder máximo do EI admitiu derrota, diz fonte militar do Iraque

O líder jihadista teria instruído os membros do grupo a fugir às zonas montanhosas no Iraque e Síria

EI: forças iraquianas realizam uma ofensiva para expulsar o EI da metade oeste de Mosul (Sana/Reuters)

EI: forças iraquianas realizam uma ofensiva para expulsar o EI da metade oeste de Mosul (Sana/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de março de 2017 às 10h08.

Mosul - O líder máximo do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Bagdadi, "se despediu" de seus seguidores em discurso escrito distribuído na cidade iraquiana de Mosul, no qual admitiu a derrota de suas forças frente às tropas governamentais, informaram nesta quarta-feira fontes militares.

A publicação foi distribuída entre colaboradores próximos a al-Baghdadi e entre os ímãs das mesquitas dos bairros do oeste de Mosul que ainda estão em mãos dos jihadistas, explicou à Agência Efe o chefe do Conselho de Segurança da província de Ninawa - da qual Mosul é capital -, Mohammed Ibrahim al Bayati.

No texto, al-Baghdadi admitiu a derrota do EI na província de Ninawa e nos demais "estados de seu califado", segundo Al Bayati.

O líder jihadista instruiu os membros do grupo a fugir às zonas montanhosas no Iraque e Síria, embora tenham ordenado que ataquem caso estejam cercados pelas forças iraquianas.

As tropas iraquianas têm informações de que alguns integrantes do chamado "Conselho consultivo" do EI escaparam de Mosul e da comarca de Tal Afar, ao oeste de Mosul, rumo ao território sírio, onde ainda mantêm Al Raqqa, considerada a capital do autoproclamado "califado".

Al Bayati manifestou que os líderes destacados do EI "se movimentam sem rumo claro" nas fronteiras entre Iraque e Síria, entre elas nas zonas de Al Beach e Al Qaim "temerosos pelo que ocorreu com seus companheiros que permaneceram nas frentes de combate".

Enquanto isso, outros tiraram a barba e ficaram como células dormentes na cidade de Mosul, à espera de receber instruções dos líderes do grupo radical.

As Forças de Segurança iraquianas perseguem ditas cédulas e quer prender centenas delas com base em informações facilitadas pelos habitantes de Mosul, acrescentou o responsável policial.

O Exército e a polícia iraquianos, cujos serviços de inteligência têm uma lista dos procurados pela justiça, realizam uma ofensiva para expulsar o EI da metade oeste de Mosul, seu último grande reduto no Iraque.

Em janeiro passado, as forças iraquianas conseguiram libertar a metade leste da cidade, que é a terceira mais populosa do país.

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